PIB do Brasil cresce 0,4% no 2º trimestre e afasta risco de recessão

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que inclui o que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação, avançou 3,2% no 2º trimestre, após queda de 1,6% no 4º trimestre de 2018 e recuo de 1,2% no 1º trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano, segundo divulgou na semana passada o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2019 totalizou R$ 1,780 trilhão.

O resultado, embora reforce a leitura de maior fraqueza da economia em 2019, veio um pouco acima do esperado pelo mercado e afastou o risco de entrada do país em uma recessão técnica, caracterizada por dois trimestres seguidos de retração do PIB.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

A alta no 2º trimestre foi puxada, principalmente, pelos ganhos da indústria (0,7%) e dos serviços (0,3%). Já a agropecuária caiu 0,4%. Pela ótica da despesa, a taxa de investimento avançou 3,2% e o consumo das famílias cresceu 0,3%, enquanto que o consumo do governo recuou 1%.

Na comparação com igual período de 2018, o PIB subiu 1% no 2º trimestre, ante avanço de 0,5% nos 3 primeiros meses do ano. O ritmo de recuperação, entretanto, segue abaixo do registrado no final de 2018.

“Não dá para afirmar que há recuperação, precisamos de um período maior de análise”, afirmou a gerente de contas trimestrais do IBGE, Claudia Dionísio.

Construção civil reage e investimentos voltam a crescer

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que inclui o que se investe em máquinas e equipamentos, construção civil e inovação, avançou 3,2% no 2º trimestre, após queda de 1,6% no 4º trimestre de 2018 e recuo de 1,2% no 1º trimestre.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2019 ficou em 15,9% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,3%), mas ainda em patamar muito baixo.

No final de 2013, antes do início da recessão, estava em 20,9%. Já a taxa de poupança foi de 15,2%, ante 15,8% no mesmo período de 2018.

“No caso dos investimentos, o mais importante foi a virada da construção, que tem um peso muito importante”, afirmou a gerente de Contas Nacionais, Rebeca de La Rocque, destacando que essa atividade responde por em torno de 50% da FBCF.

Fonte: M&T