Sustentabilidade em projetos de Engenharia: como controlar a emissão de CO2
As mudanças climáticas expõem a população mundial a secas severas, inundações, queimadas, problemas de saúde, impactando diretamente a fauna e a flora e a economia.
Para mitigar esse problema, diversas empresas de todos os seguimentos passaram a avaliar sua pegada de carbono, a partir da quantificação das emissões de gases efeito estufa. E o setor de Construção Civil não pode se isentar dessa responsabilidade, , uma vez que representa 35% das emissões globais de CO2eq.
Mas é possível conciliar projetos eficientes e respeito ao meio ambiente, diminuindo a quantidade de CO2 e colaborando com a redução do aquecimento global?
Siga na leitura e descubra.
Emissão de CO2 na Construção Civil
É notório o grande número de projetos de Engenharia em andamento nas cidades brasileiras e no mundo.
De acordo com relatório da ONU – Organização das Nações Unidas, o setor de Construção Civil vem melhorando a pegada ecológica, incorporando inovações para otimizar o consumo de energia – um dos fatores que interfere diretamente no aumento da emissão de CO2.
Mas, segundo esse mesmo documento da ONU Meio Ambiente, ainda é preciso fazer mais pela sustentabilidade em projetos de Engenharia.
Isso porque, entre 2010 e 2016, houve um aumento no consumo por eletricidade em edificações, motivados pelo aumento da população e pela ampliação da área construída em todo planeta – essa ampliação foi equivalente a todo consumo energético alemão no mesmo período!
Soma-se a esse problema o fato do setor de construções, em muitos países, não estar sujeito a normas regulatórias de sustentabilidade – como a adesão ao Acordo de Paris, aprovado inicialmente por 195 nações, incluindo o Brasil.
Diante desse cenário é preciso um esforço conjunto para buscar alternativas em construções futuras – os chamados Smart Buildings -, sem deixar de encontrar soluções para ampliar a eficiência ecológica em prédios já construídos.
Menos CO2 e mais sustentabilidade na construção
Resultado da queima direta de combustíveis fósseis (carbono, gás e petróleo), do desmatamento e uso e ocupação de solo, o CO2 tem aumentado em taxas superiores ao crescimento populacional,.
Encontrar meios de melhorar a eficiência energética é a chave para redução dos gases efeito estufa, sem comprometer o conforto e eficiência dos empreendimentos.
Vamos a alguns exemplos que levam à sustentabilidade em projetos:
Materiais com alto conteúdo reciclado
Para muitos materiais da construção civil, incluindo aço, alumínio e cobre, as emissões de gases efeito estufa no processo de extração e transformação dos minérios é extremamente significativa, se analisado todo o ciclo de vida do produto. Já é possível encontrar no mercado nacional, materiais com alto teor de conteúdo reciclado, o que minimiza o impacto das mudanças climáticas por evitar novas extrações.
Cimento verde
O cimento é um dos materiais que contribuem para a emissão de dióxido de carbono na atmosfera, em função de sua produção. Mas já existe um cimento ecológico, obtido de um processo realizado em temperatura ambiente, evitando a calcinação e combustíveis fósseis presentes no método tradicional.
Diminuição no consumo de combustível
Um boa gestão da obra permite efetuar um planejamento que reduza o transporte de materiais, maximizando o uso de produtos locais. Menos deslocamentos significam menos consumo de combustível e maior sustentabilidade.
Redução no consumo energético e hidráulico
O consumo consciente de água e energia é um dos principais fatores que influenciam os cuidados com o meio ambiente. E eles devem ser pensados nas duas etapas do empreendimento:
- Durante a obra: criar guias e treinamentos que conscientizem todos os colaboradores do canteiro a utilizar os recursos de forma eficiente, reduzindo as emissões e o custo da obra. Além disso, é sempre importante planejar as atividades da obra, evitando ao máximo o uso de geradores e privilegiando o consumo de energia elétrica da rede.
- Após a obra concluída: cada vez mais os projetos deverão oferecer soluções que permitam o aproveitamento da energia solar – seja com ambientes que ofereçam mais luminosidade natural, seja para geração de eletricidade e água quente. Além disso, o aproveitamento da água de chuva e o reuso de águas cinzas e negras para irrigação, sanitários e sistema de ar condicionado também reduzem o impacto nas mudanças climáticas. É válido ressaltar que é cada vez mais comum que essas soluções sejam aplicadas também nos canteiros de obra, em especial o uso de placas solares para aquecimento de água dos chuveiros e reuso de água do lava-rodas e lava bicas.
O trabalho de conscientização dos usuários também é muito importante, estimulando novos hábitos, uso consciente de água e energia, reciclagem de lixo, entre outros itens que propiciam sustentabilidade ao local.
A capacitação profissional dos times de facilities também é fundamental para garantir o correto funcionamento dos sistemas de automação, trazendo performance operacional ao edifício. Nesse contexto, conhecer os sistemas, as características dos usuários e a inteligência dos equipamentos instalados é fator chave para garantir menor impacto ambiental!
Controlar a emissão de CO2 nos empreendimentos permite desempenhar um papel mais significativo na luta contra as mudanças climáticas, gerando economia financeira e melhorando o posicionamento da marca.
A natureza pede por mudanças urgentes para uma maior sustentabilidade na Construção Civil, mas o segmento também obtém muitos benefícios adotando práticas verdes.
Se você está em busca de sustentabilidade, sem abrir mão de qualidade e bons resultados aos seus negócios, saiba que é possível adotar novas formas de construção que diminuem a emissão de CO2. Nesse sentido, conheça a certificação Eco Districts, feita para apoiar comunidades na implementação de estratégias de sustentabilidade. Você vai gostar!
Fonte: cte