Preferência por imóveis novos sobe para 44%, diz Raio-X Fipezap

Segundo pesquisa, preferência por imóveis novos passou de 33% para 44%, enquanto que por imóveis usados caiu de 65% para 56% no último trimestre

De acordo com o Raio-X Fipezap do terceiro trimestre de 2019, que visa traçar o perfil da demanda de imóveis do Brasil, entre os compradores que adquiriram seus imóveis nos últimos 12 meses, 64% declararam ter interesse em utilizar o imóvel para moradia, queda de 3 pontos percentuais frente ao trimestre anterior, e 36% informaram ter a intenção de investir, seja para revenda ou aluguel.

Aproximadamente 9% dos respondentes da pesquisa se declararam compradores de imóveis. O resultado representa uma queda de 5 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre de 2019 (14%). A preferência entre os compradores é a aquisição de imóveis usados (56%), percentual que representa uma queda em relação ao resultado registrado para mesma preferência no trimestre anterior (65%).

A preferência por imóveis novos passou de 33% para 44%, e o interesse em imóveis para investimento se elevou de 33% para 36% dos respondentes.

Com relação ao preço dos imóveis atuais, considerando a percepção média no terceiro trimestre de 2019, 61% dos respondentes acreditam estarem altos ou muito altos, enquanto 27% consideram os valores razoáveis e 9% baixos ou muito baixos. Os outros 4% não souberam opinar.

Na comparação entre a última pesquisa e o observado há 4 anos (no 3º trimestre de 2015), é possível evidenciar uma expressiva diminuição da percepção de que os preços dos imóveis estão “altos ou muito altos” (de 73% para 61%), em paralelo ao aumento da participação de respondentes que acreditam que os preços estão em nível razoável (de 18% para 27%); e “baixos ou muito baixos” (de 7% para 9%).

A percepção da queda dos valores motivou o crescimento expressivo dos compradores potenciais – isto é, de respondentes que declararam intenção em adquirir imóveis nos próximos meses – que passaram de 26% para 38% da amostra, prevalecendo o interesse na aquisição para moradia (38%).

A pesquisa também analisou a expectativa para os valores dos imóveis nos próximos anos. Conforme o levantamento do terceiro trimestre, 30% dos respondentes projetaram elevação nominal nos preços dos imóveis nos próximos 12 meses, 33% acreditam em estabilidade e 15% esperam queda nominal nos preços a curto prazo.

Na comparação entre o terceiro trimestre de 2018 e o terceiro trimestre do ano passado, a expectativa média quanto à variação dos preços para os próximos 12 meses apresentou ligeira retração, passando de 1,1% para alta nominal de 0,9%.

“De forma geral, é possível afirmar que os resultados apresentados reforçam os indícios em torno da estabilização da percepção e das expectativas do público a respeito do nível e do comportamento esperado dos preços dos imóveis no futuro próximo”, diz a pesquisa.

O Raio-X Fipezap do terceiro trimestre de 2019 contou com a colaboração de 2.451 respondentes, entrevistados entre 21 de outubro e 18 de novembro de 2019.

Fonte: aecweb