Estúdio de arquitetura propõe plano para retorno seguro aos escritórios
Segundo guia estratégico elaborado pelo estúdio global Perkins and Will, retomada deve ser feita com novos protocolos e comportamentos, como a alternância de turnos presenciais entre funcionários
O estúdio global de arquitetura e design Perkins and Will lançou o guia “Road Map to Return” (“roteiro para o retorno”, em tradução livre), que traz um plano para um retorno seguro, saudável e resiliente dos funcionários aos escritórios. O documento reúne recomendações de médio-prazo para a transição da casa ao local de trabalho, que deve acontecer após atingido o pico da pandemia, de modo a evitar a disseminação do novo coronavírus no ambiente.
O guia aborda tópicos como novos protocolos e comportamentos, bem como a compreensão das fases e dos riscos da pandemia. São analisadas estratégias de expediente e carga-horária, com propostas de solução para a disposição dos funcionários no retorno ao escritório e a continuidade do trabalho remoto.
A estruturação do manual foi feita com base nas recomendações de órgãos públicos internacionais e deve ser adaptada regionalmente de acordo com diretrizes locais. “O plano foi elaborado com o conhecimento de especialistas em vários estúdios da Perkins and Will ao redor do mundo e com vivências complementares, como os estúdios em Shangai, Londres, Nova York, São Francisco e Brasil”, afirma o arquiteto Fernando Vidal, diretor do estúdio de São Paulo.
Uma das propostas trata sobre o deslocamento e o acesso ao edifício. O plano aconselha a empresa a incentivar os funcionários a utilizarem meios alternativos e seguros para chegarem ao local de trabalho. Já a entrada ao escritório, como a utilização de catracas e crachás de identificação, deve ser redefinida. Caso o posto do trabalhador não fique no piso térreo, a recomendação é priorizar as escadas aos elevadores.
Outro ponto é o limite de funcionários atrelado ao distanciamento sugerido entre as pessoas em suas estações de trabalho (raio de dois metros de distância), salas de reunião e áreas compartilhadas, além da definição de capacidade máxima de pessoas nos espaços. “Na média, acaba sendo uma redução de 50% [da equipe presente]. Vários escritórios já estavam muito adensados, com pouco distanciamento entre as pessoas”, comenta Vidal.