Valor de imóveis residenciais mantém crescimento em maio, diz Abecip
IGMI-R cresceu 1,06% em maio, mas resultado foi inferior ao apurado em abril (1,78%). O indicador acumulado em 12 meses avançou para 9,05%
O Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), medido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), registrou crescimento de 1,06% em maio, resultado inferior ao apurado no mês anterior (1,78%). O indicador acumulado em 12 meses avançou para 9,05%.
Segundo a Abecip, todas as dez capitais analisadas pela pesquisa do IGMI-R tiveram variações positivas no valor nominal, com destaque para Porto Alegre (+2,49%), seguida de São Paulo (+1,72%) e Brasília (+2,67%). Em 12 meses, a liderança ficou com São Paulo (+15,44%), seguida de Goiânia (+10,24%) e Salvador (+10,02%).
As variações acumuladas em 12 meses continuaram em aceleração exceto pelo Recife, onde o percentual de maio (3,24%) ficou ligeiramente abaixo do registrado no mês anterior (3,30%).
Mesmo nos casos de menor variação nominal no período, a tendência de recuperação dos preços em termos reais teve sequência, impulsionada pela deflação dos índices de preços ao consumidor nos últimos meses.
A pesquisa apontou, ainda, que no acumulado de 12 meses, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife registraram variações acumuladas em torno de 4%, abaixo da média para o País. Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Goiânia e Brasília mostraram variação de cerca de 10%, próxima à variação média nacional de 9%.
Segundo a Abecip, essas diferenças regionais ilustram a incerteza associada ao ritmo da recuperação nos preços dos imóveis residenciais no Brasil. A entidade explica que, nos dois últimos meses, a pandemia fez crescer consideravelmente esse ambiente de incerteza, entretanto alguns elementos foram relativamente favoráveis ao setor.
O distanciamento social não foi tão prejudicial ao setor e os juros em baixa histórica ajudaram a impulsionar o volume de financiamentos imobiliários.
“O principal desafio para a continuidade da recomposição dos preços dos imóveis está na dinâmica do mercado de trabalho, com efeitos provavelmente desfavoráveis das quedas nos níveis de emprego e rendimento sobre a confiança de consumidores e investidores”, conclui a entidade.