Coliving e moradia por assinatura: conheça as novas formas de morar

As novas modalidades de locação enxergam a habitação como um serviço e prometem mais praticidade e flexibilidade

Da mesma maneira que aplicativos de transporte e de alimentação revolucionaram seus segmentos, a habitação também está passando por mudanças. A busca por praticidade, menos burocracia e flexibilidade está fazendo com que muitas pessoas deixem de lado os contratos tradicionais de locação ou compra de imóveis e optem por novos formatos de moradia, como coliving e moradia por assinatura.

As mudanças de hábito e rotina causadas pela pandemia fizeram com que as pessoas se preocupassem ainda mais em viver em locais que atendam as suas necessidades. No entanto, nem sempre este processo é fácil e muito menos barato. Para falicitar este momento, diversas empresas surgiram para deixar de lado o “ter” e substituí-lo por “usar”. Assim, as pessoas podem optar por formatos flexíveis de moradia e, em muitos casos, mais acessíveis.

Moradia por assinatura

“Contratar um serviço sob demanda é a possibilidade de se adaptar e adequar às diferentes fases da vida, às mudanças de perfil e necessidades”, explica Alexandre Lafer Frankel, CEO da Housi, em entrevista à Casa Vogue. A startup, criada em 2019, é considerada a primeira plataforma do mundo de moradia por assinatura 100% digital. Por meio da empresa, é possível assinar um imóvel de forma virtual em menos de um minuto, com o mínimo de burocracia.

Além da praticidade para locação, a startup também apresenta imóveis prontos para morar, com sistema de água e luz já definidos. Os assinantes podem ter acesso ainda a uma série de serviços para tornar o dia a dia mais prático, como limpeza, manutenção e lavanderia. Há ainda uma lista de empresas parceiras que oferecem benefícios e descontos para os clientes, como Ifood, Netflix, Rappi, Uber Eats e Spotify.

Coliving e moradia por assinatura: conheça as novas formas de morar (Foto: )

Os imóveis são disponibilizados por proprietários parceiros da empresa, analisados por uma consultoria especializada e avaliados pelos próprios usuários da plataforma. Durante o período de assinatura, é possível se mudar quantas vezes desejar para outras propriedades em diversas regiões do Brasil que estejam dentro do plano. No entanto, as locações são limitadas a um período de 36 meses.

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De acordo com o presidente da startup, a empresa é ideal para pessoas que buscam consumir o lar como um serviço. “Estamos questionando o status quo do modelo atual. Ao invés do sonho da compra da casa própria, acreditamos no sonho do acesso à casa própria”, explica Alexandre.

Coliving

Viver em espaços compartilhados com pessoas anônimas pode parecer uma realidade bem distante para a maior parte das pessoas. No entanto, esta já é uma tendência em muitas cidades ao redor do mundo. No Brasil, a Yuca, proptech de coliving, oferece apartamentos compartilhados em regiões onde os preços são elevados para morar sozinho.

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“A Yuca surgiu para proporcionar moradia de qualidade nos principais polos econômicos de São Paulo. Em 2019, o principal objetivo da proptech era oferecer moradia compartilhada para jovens na cidade, para que eles pudessem morar perto de seus trabalhos e em regiões centrais”, diz o CEO da empresa, Eduardo Campos. A proptech é responsável por gerenciar todo o processo de aluguel, desde o intermédio com o proprietário até a reforma e gestão dos imóveis.

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A empresa é focada em contratos de longa duração, ou seja, com mais de seis meses. “A startup oferece o pagamento de um pacote fixo junto ao aluguel contemplando condomínio, IPTU, contas básicas (água, luz, gás e internet), além de serviço semanal de limpeza”, explica Eduardo. A Yuca conta ainda com uma equipe responsável pelo intermédio entre os moradores das unidades.

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Para selecionar os Yukers, como são chamados os moradores da startup, a Yuca realiza uma análise de crédito e antecedentes para avaliar a compatibilidade de proposta e perfil, além de minimizar o risco de inadimplência. Como na Housi, todo o processo é feito de forma virtual e pouco burocrática. “Temos exemplos na Yuca de pessoas que se conheceram, fizeram amizades e temos até duas moradoras que educam um cachorro junto”, conta o CEO.

Além dos imóveis compartilhados, a startup adicionou recentemente ao portfólio apartamentos individuais, que já representam 20% de todas as propriedades oferecidas pela empresa. O processo para estes aluguéis também segue uma proposta digital, que prioriza a praticidade e busca reduzir a burocracia.

Locação flexível

A privacidade de um apartamento privado e os serviços oferecidos por hóteis se encontram na NOMAH, outra startup brasileira que está transformando o setor de habitação. A empresa foi criada para oferecer uma proposta de locação flexível para contratos de curta e longa estadia.

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“Nosso forte diferencial é permitir que nossos clientes tenham acesso à um apartamento confortável em poucos cliques, em um processo com pouco atrito, de maneira flexível, utilizando as unidades NOMAH da forma que faz mais sentido para ele, seja em termos de uso, localização, tempo de estadia, um dia ou meses, ou serviços a serem utilizados”, explica o CEO da empresa, Thomaz Guz. A startup também conta com imóveis prontos para morar e disponibiliza ainda serviços adicionais, como café da manhã ou limpeza, por exemplo.

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A locação dos imóveis pode ser feita de forma muito semelhante aos hotéis, visto que é realizada virtualmente e o cliente já pode entrar no apartamento poucas horas depois, caso já esteja disponível. Embora a maior parte do portfólio da empresa seja destinada aos aluguéis de curto prazo, o modelo de longa duração já representa entre 15 a 20% das propriedades utilizadas pela NOMAH.

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O preço das unidades varia conforme a localização e a metragem dos imóveis, que vai de 20 a 75 m². De acordo com o CEO da startup, o valor médio para uma estadia de curto prazo é de R$ 200. Já o aluguel mensal tem uma média de R$ 4 mil, montante que inclui condomínio, IPTU, água, luz, atendimento 24 horas e internet.

Fonte: Casa Vogue