Alto custo dos materiais de construção prejudica obras públicas e privadas
Em São Paulo, o custo médio das construtoras com material cresceu 2,06% em maio. No acumulado de 12 meses, o crescimento já chega a 32,16% e, em 2021, a alta é de 16,16%
O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil do Estado de São Paulo, apurado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve alta de 2,23% em maio frente ao mês anterior, encerrando o mês em R$ 1.658,43 por metro quadrado. No acumulado de 12 meses, houve alta de 15,53% e, em 2021, de 7,80%.
Na composição do índice, o custo médio das construtoras com mão de obra variou +2,36%, enquanto com o administrativo (salários dos engenheiros) houve crescimento de 2,27%. Já a variação dos custos com material teve alta de 2,06% no período. No acumulado de 12 meses, os custos registraram, respectivamente, +6,12%, +3,93% e +32,16%.
De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, a variação do CUB em maio refletiu tanto a alta dos preços dos materiais de construção como o reajuste salarial de convenções coletivas de trabalho assinadas no mês passado. “A maior preocupação continua sendo a onerosidade excessiva dos materiais que, embora tenha sofrido desaceleração em seu ritmo de alta, continua prejudicando as construtoras e desequilibrando seus contratos de fornecimento de obras públicas e privadas”, afirma.
Em maio, as maiores variações do período foram: Vidro liso transparente 4 mm c/ massa (+5,60%) e Chapa compensado plastificado 18mm (+4,97%).
As maiores variações medidas em 12 meses foram: Aço CA-50 Ø 10 mm (+72,88%), Fio cobre antichama isol. 750 V 2,5 mm² (+63,31%), Cimento CPE-32 saco 50kg (+42,70%) e Tubo de ferro galv. c/ costura Ø 2 1/2″ (+37,90%).
Nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, foi observada alta de 2,21% em maio, face ao mês de abril, totalizando R$ 1.549,51 por metro quadrado. No acumulado de 2021, o crescimento é de +8,18% e, em 12 meses, de +16,36%.