Ações locatícias em SP caem 11,1% em abril, diz Secovi
Levantamento apurou que 1.111 ações foram protocoladas em abril. Em 12 meses, foram registrados 13.303 casos, recuo de 8,3% frente ao mesmo período anterior
Segundo a pesquisa feita pelo Departamento de Economia e Estatística do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP), no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em abril, o número de ações locatícias na capital paulista caiu 11,1% em relação a março. O levantamento apurou que 1.111 ações foram protocoladas em abril, contra 1.250 ações em março.
Em comparação a abril de 2020, quando 656 ações foram registradas, houve alta de 69,4%.
Segundo o advogado Jaques Bushatsky, diretor de Legislação do Inquilinato do Secovi-SP, o comparativo de 12 meses mostra queda na quantidade de ações ajuizadas, enquanto o quadrimestre apresenta ligeira alta.
“Ambos os números, na verdade, retratam estabilidade da situação de ajuizamento, não ocorrendo qualquer sobressalto”, diz. “A estabilidade decorre certamente da existência de boa lei de locações, da liberdade de contratar e, principalmente, de renegociar, algo que tem sido feito com sucesso entre contratantes”, completa.
No acumulado de 2021, foram registrados 4.204 processos, resultado 2,8% maior que o mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 4.090 ocorrências.
O total de ações acumuladas nos últimos 12 meses foi de 13.303 casos, um recuo de 8,3% diante das 14.505 ações acumuladas no período anterior.
Em abril, as ações por falta de pagamento de aluguel foram responsáveis por 87,5% dos casos, com 971 ações. As ações ordinárias apareceram na segunda posição, com 68 processos e participação de 6,1%. As ações renovatórias e as consignatórias participaram, respectivamente, com 61 ações (5,5%) e 11 processos (1%).