Em termos de faturamento, a unidade de construção da CNH Industrial é a segunda mais importante da companhia, atrás da área agrícola, mas nem por isso é vista como a menos promissora dentro da organização, que também conta com área de serviços.
Segundo as projeções, que consideram oportunidades em mercados emergentes até 2024, o faturamento global da unidade deverá saltar dos atuais US$ 3,1 bilhões para US$ 4,5 bilhões nos próximos três anos.
O caminho para alcançar a meta é similar ao traçado pela área agrícola, com um crescimento baseado na expansão da oferta de veículos com as marcas Case, New Holland e Sampierana, e também na oferta de serviços com portfólio de soluções digitais.
Mudança na estrutura
De acordo com Stefano Pampalone, presidente da divisão de construção da CNH Industrial, a empresa passou por um extenso processo de reestruturação nos últimos anos no sentido de prepará-la para o crescimento projetado.
“Em primeiro lugar, implementamos uma estrutura regional para estarmos mais perto dos representantes e consumidores. Melhoramos as áreas de pesquisa e desenvolvimento, e também a nossa estrutura de manufatura para acompanhar a demanda”, contou o executivo durante o Capital Markets Day, realizado em Miami, nos Estados Unidos.
Pampalone disse, ainda, que um modelo elétrico de escavadeira será lançado este ano sob a marca da Sampierana, empresa adquirida pela CNH Industrial em 2021 por cerca de € 102 milhões. A companhia, com forte atuação na Europa, desenvolve, produz e vende máquinas de terraplanagem, material rodante e peças de reposição.
“Esperamos uma demanda robusta na América do Sul, especificamente no Brasil, que está entre os cinco principais mercados da companhia no mundo. Na contramão está a China, com a demanda em queda”, contou o executivo durante o evento realizado em 22 de fevereiro.
Em 2021 o principal mercado da CNH Industrial no segmento construção foi a América do Norte, responsável por fatia de 47% do faturamento registrado no ano passado. Na sequência está a Europa, com fatia de 18%. América do Sul e Oriente médio, que detiveram fatia de 16%, cada, e China, com 3%.
