Casa Verde e Amarela: oferta de imóveis populares deve crescer 15% no Ceará; veja condições

O setor de construção está animado com as mudanças no programa

A oferta de moradias populares a serem financiadas pelo programa Casa Verde e Amarela, substituto do Minha Casa Minha Vida, deve crescer 15% ainda neste ano em todo o Ceará, segundo estimativa do presidente do Sindicato da Indústria e Construção Civil do Estado (Sinduscon), Patriolino Dias.

Ele esteve com o secretário nacional da Habitação, Alfredo Santos, para tratar de parcerias para programas de construção ou aquisição de unidades habitacionais e requalificação de imóveis urbanos. A Prefeitura de Fortaleza também participou do encontro.

Na proposta apresentada para a Capital, está um modelo de moradia de R$ 141 mil para famílias com renda de até R$ 2,4 mil mensais, com financiamento sem entrada e prestações de R$ 720 por mês.

A aquisição teria contrapartida dos estados e dos municípios, além do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), no âmbito do programa “Pró Moradia”. Veja como ficaria em Fortaleza:

  • Composição familiar: quatro pessoas;
  • Renda mensal: R$ 2.400;
  • Valor do imóvel: R$ 141,075,00;
  • Valor financiado: R$ 122.413;
  • Valor da prestação: R$ 720;
  • Subsídio concedido: R$ 18.662;
  • Comprometimento da renda: 30%;
  • Prazo de amortização: 5 anos.

Patriolino destaca haver uma preocupação do mercado com a alta de juros e de insumos, mas acredita que a ação e as novas condições de financiamento darão fôlego ao setor.

“Com essa iniciativa, devemos aumentar em 15% o número de moradias em relação a 2021. Para 2023, a expectativa é de crescimento de mais 10% em cima do ano anterior”, projetou.

As cidades podem solicitar a parceria via o sistema para cadastramento e seleção de propostas do Programa Casa Verde e Amarela (Selehab), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Segundo o secretário nacional da Habitação, Alfredo Santos, atualmente, quatro municípios já pediram o cadastramento, totalizando 1.604 unidades habitacionais (UH) a serem construídas e uma requalificação. São elas:

  • General Sampaio: produção de 80 UH;
  • Ibiapina: produção de 124 UH;
  • Juazeiro do Norte: requalificação habitacional (nº de UHs ainda não indicado);
  • Morada Nova (1): produção de 700 UH;
  • Morada Nova (2): produção de 700 UH.
Fonte: Diário do Nordeste