Construção civil vive retomada e projeta mercado promissor em 2023

Crescimento pode chegar a 13,5% ainda este ano, com cenários de grandes empreendimentos, obras e reformas particulares

O setor de construção civil projeta para 2023 um reaquecimento do mercado após o período mais duro da pandemia de Covid-19, com destaque para obras públicas.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta que o crescimento de 13,5% ainda este ano, estimativa maior que a do Produto Interno Bruto (PIB), que a soma das riquezas produzidas pelo país.

A explicação para o otimismo é que os negócios firmados há dois anos começaram a sair do papel. Neste cenário está a retomada de grandes empreendimentos, obras e reformas particulares. Além disso, existe o impulsionamento causado pelo Casa Verde e Amarela, atual programa habitacional do governo federal para financiamento de casas populares.

Os índice positivos também partem do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A construção civil cresce há sete trimestres consecutivos. O resultado é inédito desde 1996.

Os analistas do setor acreditam que os resultados fazem parte do ciclo positivo de negócios em andamento, que foi iniciado no 3º trimestre de 2020.

Conforme a Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor, com a contribuição de todos os seus segmentos (construção de edifícios, serviços especializados para construção e obras de infraestrutura) encerrou o primeiro semestre de 2022 com o maior patamar de atividades desde outubro de 2021.

Processo de ascensão

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil, o engenheiro civil Dionyzio Klavdianos, a tendência de 2023 é manter o processo de ascensão. “O setor tem se mostrado resiliente apesar de tudo”, avalia.

Klavdianos cita, neste contexto, a necessidade de milhões de moradia, por exemplo. “É preciso investir bilhões em infraestrutura, o natural, o imprescindível até, é que o investimento permaneça a longo prazo”, salienta.

Além disso, engenheiro cita obras de infraestrutura nas capitais. Ele chama atenção para Brasília, que tem realizado empreendimentos. “São obras necessárias em diversos segmentos e que estão sendo executadas e há um passivo ainda maior aguardando financiamento”, frisa.

Dois dos maiores maiores eventos do setor estão confirmados para o próximo ano. A Feira Nacional da Construção Civil e Habitação ocorrerá em maio de 2023. A Expo Feicon, que reúne empresas, associações e influenciadores do mercado da arquitetura e da construção civil, acontece antes, em abril.

Fonte: Metrópole