Moodboard: descubra o que é e como é usado na arquitetura

Profissionais explicam como reunir referências para projetos arquitetônicos

Antes de um projeto de arquitetura sair efetivamente do papel, ele passa por diversas etapas de desenvolvimento, pesquisa e alinhamento dos clientes com o escritório escolhido. Uma das ferramentas importantes nos momentos iniciais da concepção do projeto é a montagem do moodboard, um painel que reúne características físicas, como inspirações de cores, texturas, tecidos, materiais e outros elementos que serão aplicados em cada ambiente.

Em muitos escritórios o moodboard é um dos primeiros elementos a surgir em um projeto, é o que explica a arquiteta Fernanda Morais, do escritório Très Arquitetura: “O moodboard nasce com o projeto e é tão importante quanto a concepção de planta e 3D. Ele é intrínseco ao projeto e é a base de todo seu desenvolvimento”.

As versões digitais também incluem mobiliários  (Foto: Divulgação / Katty Kaitazoff)
As versões digitais também incluem mobiliários (Foto: Divulgação / Katty Kaitazoff)

A arquiteta pontua ainda que essa ferramenta vai além das atribuições básicas da arquitetura, concentrando-se também em entender o clima e o humor que os clientes desejam para os ambientes. “No desenvolvimento do moodboard nós saímos da arquitetura em busca de referências que refletem a personalidade dos clientes”, pontua Fernanda.

Esse painel de referências pode ser montado de forma digital ou física, dependendo das necessidades de cada trabalho. O moodboard físico permite que os futuros moradores da casa vejam em detalhes reais as cores que foram escolhidas, além de textura de materiais e tecidos. Enquanto isso, a versão digital pode trazer fotos de intenção de mobiliário, luminárias, poltronas, sofás, referências para tapetes e outras características que o físico não abrange.

Elementos como galhos secos, cerâmica, flores e materiais naturais também podem ajudar a traduzir a ideia do projeto (Foto: Divulgação / Fernanda Morais)
Elementos como galhos secos, cerâmica, flores e materiais naturais também podem ajudar a traduzir a ideia do projeto (Foto: Divulgação / Fernanda Morais)

“Os clientes amam tocar nas amostras porque o tato no material revela detalhes e características específicas. Levar o moodboard para casa, sentir os acabamentos e analisar o brilho dos materiais ajuda até mesmo a aprovar custos e materiais com mais facilidade”,  Fernanda explica.

A arquiteta Katty Kaitazoff também escolhe desenvolver o moodboard logo no início do processo, facilitando para o cliente a visualização da ideia que deve ser passada para sua futura residência.

“O moodboard não é obrigatório, mas é algo que acontece naturalmente na execução de um projeto. Às vezes montamos sem perceber, e isso acontece quando estamos discutindo sobre as ideias para um projeto, escolhendo amostras, cores e tecidos. Ele acaba sendo um processo natural ao desenvolver um projeto arquitetônico ou de design de interiores”, ressalta a profissional do escritório Kaitazoff Arquitetura e Design.

Essa ferramenta pode ser montada de forma presencial juntando materiais e referências organizadas em cima de uma mesa ou um painel estruturado. Já as versões digitais podem ser elaboradas em plataformas como o Photoshop e Powerpoint.

Referências para o banheiro, reunidas em moodboard digital (Foto: Divulgação / Katty Kaitazoff)
Referências para o banheiro, reunidas em moodboard digital (Foto: Divulgação / Katty Kaitazoff)
As ideias dos elementos que vão compor o painel vem de conversas para entender o perfil e personalidade dos moradores (Foto: Divulgação / Fernanda Morais)
As ideias dos elementos que vão compor o painel vem de conversas para entender o perfil e personalidade dos moradores (Foto: Divulgação / Fernanda Morais)
Fonte: Casa & Jardim