Locação de equipamentos na construção civil cresce com aquecimento do setor

Empresas já anteciparam investimentos previstos para 2023 por conta da demanda alta, acima da média

Os números comprovadamente são positivos e até pode-se dizer acima da média. A construção civil de Santa Catarina já gerou 16,4 mil vagas de emprego de janeiro a agosto de 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Previdência.

O ritmo de contratação de mão de obra no segmento está acima do mesmo período de 2021. Ano passado até agosto, haviam sido gerados 15 mil empregos. Este ano houve a criação de 1,4 mil postos de trabalho a mais.

Com mais obras e mais trabalhadores aumenta também a demanda por fornecimento de serviços para as construtoras e incorporadoras do estado. Tanto que um mercado que cresce juntamente é o de locação de equipamentos.

Com sede em Joinville, Norte Catarinense uma empresa de andaimes e escoramentos está fabricando 800 toneladas de novos equipamentos só para até dezembro de 2022 para evitar a falta de material.

“Nós antecipamos os investimentos previstos para 2023 devido ao aquecimento da construção civil em Santa Catarina. Nós já produzimos 400 toneladas de equipamentos no primeiro semestre e vamos fabricar outras 400 toneladas até dezembro”, explicou Adriano Greca, diretor de Operações da Versátil.

A antecipação segundo o diretor é para atender a demanda. A empresa investiu ainda na criação de um segundo turno na linha de pintura. Com isso, a empresa dobrou a capacidade de manutenção e deu mais agilidade aos processos de revisão de andaimes e escoras metálicas para aumentar a rotatividade dos equipamentos e garantir ao construtor a disponibilidade de material no momento em que a obra precisar.

No primeiro semestre de 2022, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil no Brasil cresceu 9,5% no primeiro semestre de 2022 em relação ao primeiro semestre de 2021, de acordo com IBGE.

O desafio é contratar, ou seja mão de obra qualificada. Uma pesquisa da Comissão de Política de Relações Trabalhistas as áreas de maior escassez profissional são de pedreiros (82%) e carpinteiros (78,7%), bem como de gestão de obra – mestre de obras (74,7%) e encarregado (70%).

Fonte: ND+