Após retomada forte, setor de construção deve ter ano morno
O setor de construção deve encerrar 2023 com a pior performance desde 2020, quando amargou queda de 2,1%
Após dois anos de forte avanço, o setor de construção deve encerrar 2023 com a pior performance desde 2020, quando amargou queda de 2,1%. A aposta de instituições consultadas pelo Valor é que o resultado deste ano será positivo, mas bem aquém das altas de 10% de 2021 e de 6,9% em 2022 dentro do PIB brasileiro.
Juros elevados, demanda mais fraca e demora na retomada do Minha Casa, Minha Vida são fatores que levam a projeções de crescimento inferiores a 2%, segundo Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Fundação Getulio Vargas (FGV), e Sindicato da Indústria da Construção Civil de Grandes Estruturas dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais (SindusCon-SP e SindusCon-MG).
A expansão menos intensa do setor está sendo acompanhada de perto pela CBIC, que, no fim do mês passado, revisou para baixo a projeção de elevação da construção para 2023. A estimativa, que no começo do ano estava entre 2% e 3%, passou para 1,5%. “Percebe-se claramente que há uma intensidade menor da atividade do que no ano passado”, disse o presidente da câmara, Renato Correia.