Indústria da construção civil tem atividade menor em maio, aponta CNI

Atividade e emprego no setor tiveram queda em maio, mas empresário da construção permanece otimista quanto ao futuro e projeta crescimento

A atividade da indústria da construção caiu 0,5 ponto de abril para maio, tendo ficado em 47,9 pontos, abaixo da linha divisória de 50 pontos que indica estabilidade, de acordo com pesquisa divulgada nesta sexta-feira (21/6) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quanto mais distante dos 50 pontos, maior e mais disseminada é a queda da atividade.

O índice de maio de 2024 foi menor que o de maio de 2023 (49,8 pontos) e o de maio de 2022 (49,5 pontos).

O indicador de evolução do nível de número de emprego cresceu 0,6 ponto e alcançou os 49,0 pontos em maio, o que ainda indica queda do emprego no período. O indicador de maio foi menor que o do mesmo período em 2023 (50,7 pontos) e foi praticamente igual ao registrado em maio de 2022 (48,9 pontos).

Apesar desses recuos, o Índice de Confiança do Empresário (ICEI) da indústria da construção subiu 1,2 ponto em junho, de 51,7 pontos para 52,9 pontos, significando que a confiança está maior e mais disseminada.

Expectativas

A maioria dos índices de expectativas para os próximos meses recuou em maio mas permanecem acima dos 50 pontos. “O resultado sinaliza perspectivas positivas, embora menos intensas e disseminadas”, informa a pesquisa.

O índice de expectativa de novos empreendimentos e serviços apresentou queda de 0,8 ponto, passando de 52,5 pontos em maio para 51,7 pontos em junho de 2024. Os índices de expectativa de compra de insumos e matérias primas e de expectativa do número de empregados mostraram quedas mais significativas do otimismo em junho. Em ambos os casos, os indicadores caíram 1,1 ponto e passaram para 51,6 pontos em junho de 2024.

O índice de expectativa em relação ao nível de atividade foi o único que registrou alta, de 0,4 ponto, passando para 53,7 pontos no período.

O índice que mede a intenção de investimento avançou 0,7 ponto de maio para junho, para 46,6 pontos. O índice está alto diante da média histórica, que é 37,5 pontos.

“Esse aumento está sendo puxado, principalmente, pelas empresas que atuam com obras de infraestrutura e pode estar relacionado ao novo Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e às iniciativas de reconstrução do Rio Grande do Sul. É o terceiro aumento consecutivo deste índice este ano”, disse a economista da CNI Paula Verlangeiro.

Este indicador analisa três setores: de edifícios, que avançou 0,2 ponto em junho; obras de infraestrutura, que apresentou aumento de 1,8 ponto; e serviços especializados para construção, com recuo de 2,7 pontos.

A CNI consultou, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), 327 empresas da construção entre os dias 1º e 12 de junho.

Fonte: Metropoles