Com alta na mão de obra e queda nos materiais, preços da construção variam 0,56% em junho
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado hoje (10) pelo IBGE, apresentou variação de 0,56% em junho, um aumento de 0,39 ponto percentual (p.p.) em relação a maio (0,17%). Dessa forma, nos últimos 12 meses, a alta é de 2,49%, resultado acima dos 2,31% registrados nos doze meses imediatamente anteriores. O acumulado no ano registrou 1,56%. Em junho do ano passado, o índice mensal foi de 0,39%.
O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em maio fechou em R$ 1.739,26, passou em junho para R$ 1.748,99, sendo R$ 1.006,25 relativos aos materiais e R$ 742,74 à mão de obra.
A parcela dos materiais apresentou índice negativo mais uma vez, -0,05%, mantendo a taxa do mês anterior, porém apresentando uma alta de 0,25 ponto percentual em relação a taxa de junho de 2023 (-0,28%).
Já a mão de obra, com taxa 1,40%, e diversos dissídios coletivos observados, registrou alta em relação a maio (0,46%), 0,94 ponto percentual. Comparado a junho de 2023 (1,36%), o índice subiu 0,04 ponto percentual.
No primeiro semestre os acumulados foram: 0,45% (materiais) e 3,10% (mão de obra). Já os acumulados em doze meses ficaram em 0,47% (materiais) e 5,35% (mão de obra), respectivamente.
Em junho, Rondônia registra maior alta
Com alta nas categorias profissionais, Rondônia foi o estado com a maior taxa em junho, 4,44%, seguido por Mato Grosso do Sul e Goiás, 2,14% e 1,79%, sob as mesmas condições. “A influência da parcela de mão de obra no índice agregado levou Rondônia a maior taxa no mês de junho de 2024”, explicou Augusto Oliveira, gerente da pesquisa.
Região Centro-Oeste registra maior variação mensal em junho
A região Centro-Oeste, com alta nos seus 4 estados e reajuste observado nos salários em Mato Grosso do Sul e em Goiás, ficou com a maior variação regional em junho, 0,88%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,39% (Norte), 0,25% (Nordeste), 0,77% (Sudeste) e 0,52% (Sul). “A influência da parcela de mão de obra em estados como Mato Grosso do Sul (2,14%) e Goiás (1,79%) levou a região Centro-Oeste para a maior taxa entre as regiões”, destacou Oliveira.