Em maio, indústria recua em nove dos 15 locais pesquisados

Em maio de 2024, a produção industrial nacional diminuiu 0,9% frente a abril, na série com ajuste sazonal, e nove dos 15 locais pesquisados apresentaram taxas negativas.

Os recuos mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (-26,2%) e no Espírito Santo (-10,2%). Já Pará (12,6%) e Bahia (8,2%) apontaram os avanços mais elevados.

A média móvel trimestral foi negativa em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para as reduções mais acentuadas assinaladas por Rio Grande do Sul (-8,6%), Amazonas (-5,2%), Espírito Santo (-4,1%), Ceará (-2,5%) e Minas Gerais (-2,3%). Por outro lado, Mato Grosso (2,3%), Bahia (1,3%) e Pernambuco (1,1%) mostraram os principais avanços em maio de 2024.

Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria caiu 1,0% em maio de 2024, com resultados negativos em sete dos 18 locais pesquisados. A queda mais intensa foi no Rio Grande do Sul (-22,7%).

No acumulado no ano de 2024, a alta de 2,5% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em 15 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,7%) e Goiás (10,2%) registraram os avanços mais acentuados, de dois dígitos.

Indicadores Conjunturais da Indústria – Resultados Regionais Maio de 2024

LocaisMaio 2024/
Abril 2024*
Maio 2024/
Maio 2023
Acumulado Janeiro-MaioAcumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas-5,3-5,03,6-0,5
Pará12,6-1,1-1,62,8
Região Nordeste3,63,10,4-1,8
Maranhão-6,82,6-1,8
Ceará-4,52,66,5-0,8
Rio Grande do Norte-25,824,723,1
Pernambuco-3,73,53,14,2
Bahia8,26,82,60,7
Minas Gerais-3,3-5,01,01,4
Espírito Santo-10,2-6,43,613,4
Rio de Janeiro0,15,05,56,7
São Paulo-0,20,73,60,5
Paraná-1,7-2,10,12,6
Santa Catarina-0,55,86,43,2
Rio Grande do Sul-26,2-22,7-1,1-2,7
Mato Grosso do Sul--5,5-0,1-1,4
Mato Grosso0,62,35,68,0
Goiás1,38,510,210,2
Brasil-0,9-1,02,51,3

Nove dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas em maio, na série com ajuste sazonal, acompanhando o recuo (-0,9%) da produção industrial nacional. Rio Grande do Sul (-26,2%) e Espírito Santo (-10,2%) assinalaram os recuos mais acentuados, com o primeiro local marcando a queda mais elevada da série histórica, e o segundo eliminando o crescimento registrado no mês anterior (2,6%).

Amazonas (-5,3%), Ceará (-4,5%), Pernambuco (-3,7%), Minas Gerais (-3,3%) e Paraná (-1,7%) também mostraram quedas mais intensas do que a média nacional (-0,9%). Santa Catarina (-0,5%) e São Paulo (-0,2%) completaram a lista de locais com índices negativos em maio de 2024. 

Por outro lado, Pará (12,6%) e Bahia (8,2%) apontaram as expansões mais elevadas neste mês, com o primeiro eliminando grande parte da queda de 12,7% verificada no mês anterior, e o segundo voltando a crescer após recuar 4,2% no último mês de abril. Região Nordeste (3,6%), Goiás (1,3%), Mato Grosso (0,6%) e Rio de Janeiro (0,1%) tiveram os outros resultados positivos do mês.

índice de média móvel trimestral para a indústria variou -0,2% no trimestre encerrado em maio frente ao nível do mês anterior e oito dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas, com destaque para os recuos mais acentuados registrados por Rio Grande do Sul (-8,6%), Amazonas (-5,2%), Espírito Santo (-4,1%), Ceará (-2,5%) e Minas Gerais (-2,3%).

Por outro lado, Mato Grosso (2,3%), Bahia (1,3%) e Pernambuco (1,1%) mostraram os principais avanços em maio de 2024.

Na comparação com maio de 2023, a indústria teve queda de 1,0% em maio de 2024, com taxas negativas em sete dos 18 locais pesquisados. Vale citar que maio de 2024 (21 dias) teve um dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (22).

Rio Grande do Sul (-22,7%) mostrou retração de dois dígitos, o mais intenso, pressionado, em grande medida, pelo impacto causado pelas chuvas ocorridas em maio de 2024 e que afetaram o setor produtivo local.

Espírito Santo (-6,4%), Mato Grosso do Sul (-5,5%), Amazonas (-5,0%), Minas Gerais (-5,0%), Paraná (-2,1%) e Pará (-1,1%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice mensal de maio de 2024.

Por outro lado, Rio Grande do Norte (25,8%) assinalou a expansão mais elevada neste mês, impulsionada, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), confecção de artigos do vestuário e acessórios (blusas, camisas e semelhantes de uso feminino e bermudas, jardineiras, shorts e calças de uso masculino) e produtos alimentícios (castanha de caju beneficiada, sorvetes e picolés e farinha de trigo). Goiás (8,5%), Bahia (6,8%), Maranhão (6,8%), Santa Catarina (5,8%), Rio de Janeiro (5,0%), Pernambuco (3,5%), Região Nordeste (3,1%), Ceará (2,6%), Mato Grosso (2,3%) e São Paulo (0,7%) também avançaram na produção industrial.

No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, houve expansão de 2,5%, com resultados positivos em 15 dos 18 locais pesquisados. Rio Grande do Norte (24,7%) e Goiás (10,2%) assinalaram avanços de dois dígitos, os mais acentuados no índice acumulado para os cinco primeiros meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva), no primeiro local; e de produtos alimentícios (carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, maionese, carnes e miudezas de aves congeladas, frescas ou refrigeradas, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, açúcar demerara e VHP e óleo de soja em bruto e refinado), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis) e produtos químicos (desodorantes, preparações capilares, fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK e sabões ou detergentes líquidos), no segundo.

Ceará (6,5%), Santa Catarina (6,4%), Mato Grosso (5,6%), Rio de Janeiro (5,5%), São Paulo (3,6%), Amazonas (3,6%), Espírito Santo (3,6%), Pernambuco (3,1%), Bahia (2,6%) e Maranhão (2,6%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (2,5%), enquanto Minas Gerais (1,0%), Região Nordeste (0,4%) e Paraná (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, Pará (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,1%) assinalaram os recuos mais acentuados no índice acumulado para o período janeiro-maio de 2024, pressionados, principalmente, pelas atividades de indústrias extrativas (minérios de manganês e de ferro – em bruto ou beneficiados), no primeiro local; e de máquinas e equipamentos (máquinas para colheita, tratores agrícolas, retroescavadeiras e semeadores, plantadeiras ou adubadores), produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, etileno não-saturado, polipropileno, propeno não-saturado e polietileno linear), produtos alimentícios (arroz, rações, leite em pó, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, leite condensado, pães, leite esterilizado/UHT/longa vida, farinha de trigo e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos) e veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis, reboques e semirreboques e autopeças), no segundo.

No confronto do resultado do primeiro trimestre de 2024 com o período abril-maio de 2024, ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior, oito dos 18 locais pesquisados mostraram ganho de dinamismo, acompanhando, assim, o movimento observado no total nacional, que passou de 1,9% para 3,4%.

Pernambuco (de -0,1% para 8,0%), Maranhão (de -0,3% para 7,6%), Santa Catarina (de 3,5% para 10,7%), Paraná (de -2,5% para 4,0%), São Paulo (de 2,2% para 5,5%) e Região Nordeste (de -0,9% para 2,4%) apontaram os ganhos mais acentuados, enquanto Pará (de 2,3% para -6,9%), Rio Grande do Sul (de 2,7% para -6,2%), Mato Grosso do Sul (de 2,3% para -2,7%), Espírito Santo (de 5,5% para 0,8%) e Minas Gerais (de 2,3% para -0,9%) assinalaram as principais perdas entre os dois períodos.

acumulado nos últimos 12 meses, ao avançar 1,3% em maio de 2024, permaneceu mostrando taxa positiva, mas reduziu a intensidade no ritmo de crescimento frente ao resultado de abril de 2024 (1,5%).

Em termos regionais, 12 dos 18 locais pesquisados registraram taxas positivas em maio de 2024, mas 10 apontaram menor dinamismo frente aos índices de abril último. Pará (de 5,0% para 2,8%), Rio Grande do Sul (de -0,7% para -2,7%), Amazonas (de 0,6% para -0,5%), Mato Grosso do Sul (de -0,4% para -1,4%), Minas Gerais (de 2,4% para 1,4%) e Espírito Santo (de 14,2% para 13,4%) assinalaram as principais perdas entre abril e maio de 2024, enquanto Rio Grande do Norte (de 21,5% para 23,1%), Maranhão (de -3,1% para -1,8%), Ceará (de -1,7% para -0,8%), Bahia (de -0,2% para 0,7%), Santa Catarina (de 2,4% para 3,2%) e Goiás (de 9,4% para 10,2%) mostraram os maiores ganhos entre os dois períodos.