Construção civil investiu R$ 296 milhões em inovações para segurança do trabalho
Esse montante representa um aumento de aproximadamente 74% em comparação a 2022 e tem impactado positivamente na redução de acidentes nos canteiros de obras
Assegurar a saúde e segurança dos trabalhadores da construção civil tem sido uma prioridade na gestão de grandes construtoras. Atualmente, o Paraná ocupa o quinto lugar no Brasil em notificações gerais de acidentes de trabalho, conforme o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho – Smartlab.
Mas, no que depender da construção civil, essa estatística tende a mudar. Dados do setor mostram que os investimentos na área estão em ascensão, assim como a demanda por profissionais especializados em segurança do trabalho.
Uma pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) revela que, em 2023, a construção civil e a incorporação imobiliária investiram mais de R$ 296 milhões em segurança do trabalho.
Esse montante representa um aumento de aproximadamente 74% em comparação a 2022 e tem impactado positivamente na redução de acidentes nos canteiros de obras.
Os dados da pesquisa mostram que, em maio deste ano, os valores da Taxa de Frequência (TF) e Taxa de Gravidade (TG), que medem os números de acidentes e de afastamentos por milhão de horas trabalhadas em 913 obras em andamento no país, foram classificadas como “muito bons”, seguindo os parâmetros da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Com uma cultura de prevenção consolidada, o Grupo A.Yoshii investe na integração de metodologias para preservar a saúde e segurança de todos os seus colaboradores. Atualmente, o Grupo emprega cerca de cinco mil trabalhadores, entre empregados diretos e terceirizados.
No primeiro semestre de 2024, o Grupo A.Yoshii investiu na área de segurança do trabalho, promovendo mais de 25 mil horas de treinamento englobando 24 temas relacionados à proteção e saúde.
“Todo esse investimento resultou na redução do número de acidentes, no aumento da produtividade, no maior conhecimento das equipes sobre possíveis riscos e áreas críticas, no maior engajamento dos colaboradores e, principalmente, na consolidação da cultura de prevenção dentro da empresa”, afirma o engenheiro civil e gerente do SEESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) do Grupo A.Yoshii, Marcio Paschoalinotto.
Ele ressalta que as taxas alcançadas no primeiro semestre deste ano são reflexo da cultura de prevenção presente na construtora.
Segundo os indicadores da OIT, a Taxa de Frequência do Grupo é de 9,32 e a Taxa de Gravidade é de 191,46.
“Para serem consideradas muito boas, essas taxas devem atingir até 20 para TF e até 500 para TG. Nossos números mostram que estamos no caminho certo. Assegurar a segurança dos trabalhadores não só reduz os acidentes, mas também aumenta a produtividade e o engajamento das equipes, garantindo benefícios para todos os envolvidos.”
Profissão em alta – Além dos investimentos na área, as oportunidades para profissionais de segurança do trabalho também estão em alta. De acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2023, a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho teve o maior número de registros profissionais emitidos no país, totalizando cerca de 24 mil registros. Apenas no Paraná, existem aproximadamente 25 mil profissionais atuando nessa área.
No Grupo A.Yoshii, o departamento de segurança do trabalho conta atualmente com 59 profissionais, incluindo seis engenheiros de segurança do trabalho e dois arquitetos, responsáveis pela validação dos Projetos de Segurança.
“A construtora possui um setor voltado exclusivamente aos projetos de segurança, nos quais arquitetos elaboram planos de proteção periférica, guarda-corpos e acesso às obras, visando sempre o bem-estar dos colaboradores”, enfatiza o engenheiro civil.