Vendas de imóveis novos registram crescimento de 27,4%, revela indicador ABRAINC-FIPE

As vendas de novos imóveis cresceram 27,4% no acumulado de janeiro a julho de 2024, com 104.752 unidades comercializadas, segundo o indicador ABRAINC-FIPE. O estudo foi realizado com dados de 20 empresas associadas à ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e elaborados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

 No período, o segmento de Médio e Alto Padrão (MAP) registrou um aumento de 7,1% no volume de unidades vendidas e um expressivo crescimento de 28,8% no valor total de vendas. Em relação aos lançamentos, o segmento MAP mostrou crescimento de 8% em volume e de 5,4% no valor lançado, destacando um importante crescimento na área.

 O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) também apresentou um desempenho robusto no mesmo período, com aumento de 33,8% no número de unidades vendidas e de 30,8% no valor total de vendas. O volume de lançamentos no MCMV cresceu 43,5%, enquanto o valor dos lançamentos aumentou 46,7%. Essas altas são reflexo de medidas governamentais recentes, que visam fortalecer o acesso à moradia para famílias de baixa renda, impulsionando a demanda por habitação popular.

 Segundo Luiz França, presidente da ABRAINC, o atual cenário de juros altos representa um desafio significativo para o setor imobiliário. “Enquanto o programa Minha Casa Minha Vida, é amparado por recursos do FGTS e, portanto, não sofre diretamente com o impacto dos juros elevados, o segmento de média e alta renda sente os efeitos da Selic mais alta, o que restringe o acesso ao crédito e freia o crescimento do setor. A ABRAINC está em diálogo constante com os principais players do setor e com o governo para identificar e viabilizar novas fontes de funding, fundamentais para manter o setor ativo e garantir sua contribuição ao PIB nacional”, afirma França.

Atualmente, a relação distrato sobre venda no segmento de médio e alto padrão está em 11,8%, mantendo-se em níveis reduzidos desde o marco regulatório dos distratos, sancionado em 2018, quando esse índice era de cerca de 40%.

Abaixo mais números do setor:

Fonte: Folha do ABC