Fortaleza – CE | quarta-feira 5 de fevereiro de 2025 / 12:03

Máquinas Agrícolas: O Futuro é Sustentável e Tecnológico

O mercado de máquinas agrícolas está à beira de uma grande transformação. Inovações tecnológicas focadas em eficiência, sustentabilidade e redução de custos prometem mudar a forma como o setor opera nos próximos dois anos. Entre os destaques estão a eletrificação

O mercado de máquinas agrícolas está à beira de uma grande transformação. Inovações tecnológicas focadas em eficiência, sustentabilidade e redução de custos prometem mudar a forma como o setor opera nos próximos dois anos. Entre os destaques estão a eletrificação das máquinas, o desenvolvimento de soluções multifuncionais e o uso de tecnologias digitais no manejo de solo, como aponta Camilo Ramos, administrador e CEO do Grupo Piccin.

“O setor caminha para a sustentabilidade, com equipamentos que otimizam operações e reduzem o impacto ambiental”, ressalta Camilo. Um exemplo disso é a Master Elétrica, desenvolvida pela Piccin, que propõe substituir os componentes hidráulicos por sistemas elétricos. “Essa abordagem não apenas simplifica a manutenção das máquinas, mas também contribui para a redução do impacto ambiental, evitando a contaminação do solo e o descarte de filtros usados. Com isso, os produtores poderão operar de maneira mais eficiente, com menos custos com manutenção e maior durabilidade dos componentes.”

Outro ponto de destaque são as máquinas multifuncionais, que realizam várias operações em uma única passada. “Isso significa economia de tempo, redução de combustível e menos desgaste do trator, fatores essenciais para otimizar a produtividade”, explica o CEO.

Além disso, a digitalização está avançando no campo, com ferramentas como o mapeamento de DNA do solo e plataformas digitais que ajudam os produtores a tomarem decisões mais assertivas. Esses recursos permitem identificar pontos específicos que precisam de atenção, como áreas para descompactação ou ajustes no uso de fertilizantes, otimizando o uso de insumos e reduzindo desperdícios.

No entanto, o setor ainda enfrenta desafios importantes, como a falta de conectividade em áreas rurais. “O 5G, apesar de promissor, ainda não chegou de forma ampla às zonas rurais, e muitas regiões sequer contam com cobertura 4G. Em resposta a esses desafios, muitas empresas estão desenvolvendo soluções de conectividade que não dependem de redes de telefonia de alta velocidade. O uso de estruturas mais simples e de baixo custo, que exigem pouca banda para transmitir dados, tem se mostrado uma solução viável para garantir que os produtores recebam as informações necessárias em tempo real, mesmo em áreas com conectividade limitada”, pontua Camilo.

Outro aspecto promissor está no mercado de exportação. Fabricantes brasileiros, impulsionados pelo câmbio favorável, têm ampliado sua presença em mercados da América Latina e da Ásia, aumentando a competitividade de suas soluções.

Para Camilo Ramos, o momento é decisivo. “O mercado de máquinas agrícolas está em um ponto de inflexão, com o desenvolvimento de tecnologias que priorizam a eficiência, a sustentabilidade e a conectividade.” Segundo ele, quem se adaptar rapidamente a esse novo cenário colherá os frutos dessas inovações no longo prazo

Fonte: Jornal de Brasília

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