Fortaleza – CE | quinta-feira 24 de abril de 2025 / 04:58

Setor de máquinas e equipamentos registra alta de 19,5% no faturamento em janeiro, aponta Abimaq

Crescimento é impulsionado por recuperação das vendas internas após três anos de quedas consecutivas

O setor de máquinas e equipamentos apresentou um crescimento significativo no faturamento durante o mês de janeiro, com alta de 19,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). A informação foi revelada em uma apresentação realizada nesta quarta-feira (26).

Esse desempenho positivo marca uma retomada para o segmento, que enfrentou três anos consecutivos de retração. Segundo a entidade, o resultado está diretamente ligado à base de comparação baixa registrada em janeiro de 2024, quando o setor sofreu uma queda de 21,3% na comparação anual.

De acordo com os números divulgados pela Abimaq, a receita líquida acumulada pelo setor no mês passado alcançou R$ 20,5 bilhões. As vendas internas foram o principal motor desse crescimento, com um aumento expressivo de 32,3% no faturamento líquido, totalizando R$ 15,6 bilhões.

“Em janeiro do ano passado, o setor atingiu o pior nível de receita de sua história, com uma queda de 28% em relação a 2023”, destacou a Abimaq durante a apresentação. Esse cenário negativo foi revertido nos últimos meses, com sinais de recuperação observados a partir do segundo semestre de 2024, tendência que deve se manter ao longo do primeiro semestre deste ano, conforme avaliação da entidade.

No entanto, nem todos os indicadores foram positivos. O setor registrou uma queda de 22,3% nas exportações em janeiro, somando US$ 818,3 milhões, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Por outro lado, as importações cresceram 19,3%, alcançando US$ 2,7 bilhões, refletindo uma maior demanda por máquinas e equipamentos no mercado interno.

A Abimaq ressaltou que o desempenho recente é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a melhora gradual da economia brasileira e a necessidade de renovação de parques industriais e agrícolas. No entanto, alertou para os desafios ainda presentes, como a volatilidade cambial e a concorrência internacional, que podem impactar o ritmo de crescimento nos próximos meses.

Fonte: Redação

PUBLICIDADE