Fortaleza – CE | quinta-feira 3 de julho de 2025 / 19:41

Desaceleração no custo da mão de obra reduz inflação da construção no IGP-10 de março, aponta FGV

INCC-10 registra alta de 0,43% em março, influenciado por avanço mais moderado na composição de custos do setor

A inflação da construção civil dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de março apresentou desaceleração, puxada por uma alta mais amena nos custos com mão de obra. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma elevação de 0,55% em fevereiro para 0,43% em março.

O comportamento dos subcomponentes do índice reflete essa mudança. O grupo que mede os custos de Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou levemente, saindo de uma alta de 0,39% em fevereiro para 0,48% em março. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelo aumento de 0,52% nos preços de Materiais e Equipamentos, enquanto os custos com Serviços registraram variação mais modesta, de 0,18%.

Por outro lado, o índice que representa o custo da Mão de Obra apresentou desaceleração significativa, passando de um aumento de 0,79% em fevereiro para 0,36% em março. Essa moderação foi determinante para a queda geral no ritmo de crescimento do INCC-10.

Comportamento dos materiais e equipamentos

Segundo Matheus Dias, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o aumento nos preços de Materiais e Equipamentos foi impulsionado, sobretudo, pelos itens relacionados a “Materiais para Instalação”. Ele destacou que, com exceção desse grupo, quase todos os demais componentes do INCC-10 apresentaram desaceleração.

Perspectiva para o setor

A desaceleração no custo da mão de obra sugere um alívio temporário para as empresas do setor da construção, que enfrentam pressões inflacionárias desde o ano anterior. No entanto, a alta nos preços de materiais e equipamentos continua sendo um fator de atenção, especialmente diante das oscilações no mercado de insumos.

Para os próximos meses, especialistas avaliam que o comportamento do INCC-10 dependerá da evolução dos custos de produção e da demanda no setor. Enquanto isso, a moderação observada em março pode contribuir para um cenário mais estável no curto prazo, embora não elimine completamente os desafios enfrentados pela indústria da construção.

Fonte: Redação

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