A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou nesta segunda-feira (07) a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa que ouviu lideranças de empresas associadas. O estudo revela uma tendência positiva no setor, com 67% das empresas demonstrando intenção de investir nos próximos 12 meses – um aumento significativo em relação aos 52% registrados na pesquisa anterior.
Desempenho Atual e Expectativas para os Próximos Meses
Em março, as projeções das empresas indicam um cenário predominantemente estável. Para 43% dos associados, as vendas devem se manter regulares, enquanto 29% esperam um bom desempenho e 5% preveem um mês muito positivo. Por outro lado, 19% das empresas avaliam que o período será ruim e 5%, muito ruim.
As expectativas para abril também são otimistas: 52% das empresas projetam um bom desempenho, enquanto 48% esperam vendas regulares. No consolidado de fevereiro, o balanço foi semelhante, com 43% das empresas relatando regularidade, 29% boas vendas e 5% considerando o período muito bom. Já para 19%, o mês foi ruim, e para 5%, muito ruim.
Crescimento na Intenção de Investimentos
O destaque da pesquisa fica por conta do aumento expressivo na intenção de investimentos. Enquanto a edição anterior apontava que 52% das empresas tinham planos de investir, esse percentual subiu para 67% em março. Apesar disso, o nível de utilização da capacidade instalada recuou 8 pontos percentuais, alcançando 74% – ainda um patamar considerado alto.
Comentários do Presidente da Abramat
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, destacou que os dados refletem um cenário de estabilidade para o setor. “Os números do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção indicam que a maioria das empresas projeta vendas regulares ou boas. Esse comportamento demonstra a resiliência do mercado, mesmo diante de diversos desafios”, analisa Navarro.
Novas Projeções
O aumento na intenção de investimentos sinaliza confiança das empresas no crescimento do setor. No entanto, o recuo no uso da capacidade instalada sugere que ainda há espaço para ajustes operacionais e estratégicos. Com as projeções otimistas para os próximos meses, o setor pode consolidar sua posição como um dos motores da economia brasileira, especialmente em um contexto de retomada gradual da construção civil.