A tokenização de imóveis pode remodelar profundamente o setor imobiliário global e gerar um mercado de até US$ 4 trilhões até 2035, segundo relatório divulgado pela consultoria Deloitte na última quinta-feira (25). A empresa projeta que a tecnologia blockchain será um componente central nas operações de financiamento, compra e venda de propriedades ao longo da próxima década.
Atualmente estimado em menos de US$ 300 bilhões, o segmento de imóveis tokenizados deve crescer, em média, 27% ao ano. De acordo com a Deloitte, o marco de US$ 1 trilhão deverá ser alcançado em 2032, impulsionando um crescimento ainda mais acelerado a partir desse ponto.
Segundo o relatório, a tokenização representa uma convergência entre o universo cripto e as finanças tradicionais, permitindo criar versões digitais de ativos reais, como imóveis. A tecnologia tende a tornar os processos imobiliários mais eficientes, rápidos e acessíveis, facilitando a entrada de novos compradores, vendedores e investidores no mercado.
A Deloitte avalia que a adoção da tokenização ocorrerá em três fases: primeiro com fundos imobiliários, depois com empréstimos e, por fim, com projetos em desenvolvimento. A expectativa é que somente a tokenização de crédito atinja US$ 2,9 trilhões até 2025.
Além disso, fundos imobiliários privados tokenizados podem alcançar um valor de US$ 1 trilhão na próxima década, enquanto os próprios ativos imobiliários tokenizados podem somar US$ 500 bilhões.
Apesar das projeções promissoras, o relatório destaca que a expansão do setor depende de regulamentações claras e de soluções robustas de segurança e custódia. Esses fatores serão decisivos para garantir a confiança dos participantes do mercado e o sucesso da transformação digital no setor imobiliário.