O indicador que mede o custo básico da construção civil no estado de São Paulo apresentou alta de 0,65% no mês de maio de 2025, conforme levantamento do setor. Com isso, o acumulado em 12 meses atingiu 4,04%, enquanto no acumulado do ano o avanço chegou a 1,35%.
A variação mensal foi influenciada principalmente pelo aumento nos gastos com mão de obra, que subiram 1,34% em maio, e com os custos administrativos, como salários de engenheiros, que registraram crescimento de 1,64%. Em contrapartida, os materiais de construção tiveram recuo de 0,35% no mesmo período.
Mesmo com essa queda pontual, os materiais ainda acumulam alta de 4,91% em 12 meses. Já os custos de mão de obra cresceram 3,46% no mesmo intervalo, enquanto os custos administrativos aumentaram 3,24%. O valor médio do metro quadrado da construção paulista (padrão R8-N) foi calculado em R$ 2.067,04 em maio.
Considerando os projetos beneficiados pela desoneração da folha de pagamento, o Custo Unitário Básico teve variação positiva de 0,60% no mês e uma elevação de 5,96% nos últimos 12 meses. Nesses casos, o custo médio do metro quadrado foi de R$ 1.963,05.
Entre os insumos que mais pressionaram os custos em maio estão a telha ondulada de fibrocimento 6 mm (alta de 1,49%), o vidro liso transparente 4 mm com massa (1,33%) e o azulejo cerâmico 15×15 cm de primeira linha PEI II (0,96%).
No acumulado anual, destacam-se aumentos expressivos em itens como bloco de concreto (10,48%), esquadrias de alumínio de quatro folhas (9,63%), fio de cobre antichama (8,26%) e tinta látex branca PVA (8,22%). Também apresentaram altas relevantes tubos de PVC para esgoto (7,54%), concreto FCK de 25 MPa (7,41%) e novamente os azulejos 15×15 cm PEI II (7,15%).
Esses dados apontam para uma retomada dos custos da construção paulista, mesmo com oscilações nos preços dos materiais, refletindo o impacto da valorização dos serviços e da estrutura administrativa nas obras.