O setor portuário brasileiro atingiu um marco inédito em abril de 2025: foram movimentadas 107,6 milhões de toneladas de cargas, o maior volume já registrado na série histórica, segundo o Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O número representa uma alta de 1,12% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
Entre janeiro e abril, o acumulado alcançou 412 milhões de toneladas, consolidando um ritmo positivo de crescimento para o setor. Para o economista Carlos Eduardo de Oliveira Jr., conselheiro do Cofecon, esse avanço é reflexo direto da retomada econômica nacional.
“A movimentação portuária é um termômetro da saúde econômica do Brasil. Ela revela expansão de áreas como agronegócio, indústria e comércio”, afirma o especialista.
Longo curso e navegação interior também crescem
A navegação de longo curso, que contempla importações e exportações, somou 76,6 milhões de toneladas, um aumento de 1,71% na comparação com abril de 2024.
A cabotagem, voltada ao transporte ao longo da costa brasileira, movimentou 23,3 milhões de toneladas. Já a navegação interior (rios, canais e lagos) contabilizou 7,6 milhões de toneladas.
Para o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, o aumento da movimentação nos portos reflete diretamente o crescimento da economia e da demanda por produtos brasileiros:
“Exportamos mais grãos, carnes, minérios. Recebemos mais veículos e investimentos. Isso exige mais infraestrutura e nos leva a avançar com quase R$ 40 bilhões em investimentos no setor portuário”, pontua o ministro.
Destaques por tipo de carga e operação
- Portos privados lideraram com 69,8 milhões de toneladas, alta de 4%.
- Portos públicos responderam por 37,8 milhões de toneladas.
- Granéis sólidos cresceram 2,27%, somando 65,1 milhões de toneladas.
- Granéis líquidos aumentaram 1,94%, totalizando 25,7 milhões de toneladas.
Com o avanço do comércio exterior e a intensificação dos investimentos logísticos, o setor portuário brasileiro reforça seu papel como pilar estratégico do desenvolvimento econômico, sendo cada vez mais essencial na competitividade internacional do país.