Fortaleza – CE | quarta-feira 6 de agosto de 2025 / 17:56

Construção civil lança plano de carreira para enfrentar escassez de mão de obra

Iniciativa conjunta de sindicatos e empresas em São Paulo quer mudar a imagem do setor, oferecendo capacitação, mentoria e caminhos claros de crescimento até cargos de liderança.

A construção civil está dando um passo decisivo para enfrentar a escassez de mão de obra e atrair novos talentos: um plano de carreira estruturado, lançado em São Paulo, pretende mostrar que o setor oferece oportunidades reais de crescimento, do nível inicial até cargos técnicos e de liderança.

Com cerca de 2,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada, a construção civil figura entre os maiores empregadores do país. Ainda assim, sofre com a dificuldade de atrair jovens profissionais, que evitam funções tradicionais, como a de pedreiro, muitas vezes vistas como ultrapassadas ou pouco valorizadas.

A proposta surge de uma parceria entre o Sinduscon-SP, o Sintracon-SP e o Senai, com o objetivo de transformar a percepção da carreira na construção civil, tornando-a mais atrativa e moderna. A estratégia inclui desde capacitação técnica e certificação profissional até programas de mentoria, com um trajeto bem definido de progressão na carreira, incentivando a formação contínua.

Uma das medidas previstas é a atualização das nomenclaturas de cargos, substituindo termos com estigmas antigos por designações mais contemporâneas, que conversem melhor com a nova geração. A ideia é posicionar o setor como uma opção profissional de valor, com reconhecimento e possibilidade de ascensão.

A urgência dessa ação é reforçada pelos números do mercado: em abril de 2025, a construção foi o quarto maior gerador de empregos no país, ficando atrás apenas dos setores de serviços, comércio e indústria, e superando a agropecuária.

O novo plano de carreira pretende resgatar o prestígio do ofício e demonstrar que a construção civil não se resume à força física, mas envolve habilidades técnicas, gestão e inovação. O sucesso da iniciativa dependerá da capacidade do setor de engajar as novas gerações, promovendo um ambiente de trabalho com desenvolvimento profissional, mobilidade interna e valorização.

A expectativa é que o modelo seja expandido para nível nacional, criando uma nova cultura no setor e contribuindo para renovar o quadro de trabalhadores com profissionais qualificados, motivados e prontos para liderar o futuro da construção no Brasil.

Fonte: Redação

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