Fortaleza – CE | quinta-feira 2 de outubro de 2025 / 22:52

Mercado imobiliário de SP tem alta em lançamentos, queda nas vendas e avanço do Minha Casa, Minha Vida

Pesquisa do Secovi-SP mostra expansão dos lançamentos e maior peso do MCMV, enquanto o segmento de médio e alto padrão enfrenta ritmo mais lento.

O mercado imobiliário da cidade de São Paulo apresentou resultados mistos em agosto de 2025. Segundo levantamento do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), os lançamentos tiveram crescimento de 3,7% no mês, enquanto as vendas recuaram 19% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Foram 9,3 mil novas unidades lançadas no mês, número superior ao registrado em agosto de 2024. No acumulado de 12 meses até agosto, os lançamentos subiram 37%, alcançando 124,3 mil imóveis. Já as vendas caíram para 7,9 mil unidades no mês, embora no acumulado do mesmo período tenham avançado 19%, somando 109,9 mil imóveis comercializados.

O estoque de unidades novas disponíveis cresceu 20,3% em um ano, atingindo 65 mil imóveis. A velocidade de vendas também recuou, passando de 15,3% em agosto de 2024 para 10,8% neste ano. No ritmo atual, o estoque seria suficiente para abastecer a demanda por seis meses no segmento popular e por até nove meses nos imóveis de médio e alto padrão.

O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) ampliou sua participação no mercado. As vendas dentro do programa habitacional cresceram 36% nos últimos 12 meses, totalizando 66 mil unidades e representando 60% das transações na capital paulista, contra 53% um ano antes. Os lançamentos ligados ao MCMV também subiram 35%, alcançando 74,8 mil unidades, equivalentes a 60% do total.

Já o setor de médio e alto padrão, que contempla imóveis acima de R$ 500 mil, mostrou desempenho mais contido. As vendas ficaram estáveis em 43,9 mil unidades nos últimos 12 meses, enquanto os lançamentos cresceram 40%, chegando a 49,5 mil imóveis.

O impulso do MCMV tem sido atribuído às mudanças nas regras desde 2023, com juros menores, ampliação dos subsídios e maior facilidade de acesso. Programas estaduais de apoio à entrada também ajudaram a dinamizar o segmento. Neste ano, o governo federal ampliou o teto do programa para imóveis de até R$ 500 mil, antes limitado a R$ 350 mil. Em contrapartida, o encarecimento das linhas de financiamento do mercado tem freado o ritmo de negócios no segmento de médio e alto padrão.

Fonte: Redação

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