Arquitetura sustentável em evidência na Mostra Container
A primeira edição da , que acontece em Curitiba, abre as portas em agosto para mostrar o resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde 2015, buscando uma arquitetura sustentável. Mais de trinta profissionais da arquitetura e design abraçaram a causa: projetar uma casa dentro das noções de sustentabilidade e consciência ambiental. Os 23 ambientes que compõem a casa se distribuem em 375 m² e dois setores: área de viver e estar no térreo e área de criar no primeiro andar.
Tatiana Hultmann Stavitzki, idealizadora do projeto e coordenadora geral da Mostra Container, explica que o objetivo é mostrar que é possível buscar alternativas mais viáveis, do ponto de vista da arquitetura sustentável. Além disso, a casa também tem sido uma grande escola.
Suíte dos Meninos Viajantes, de Rafael Wagner e Debora Pootz (Foto: Tatiana Hultmann)
A casa que abriga a Mostra Container é a primeira de Curitiba a receber o selo sustentável GBC Brasil (Green Build Council),uma certificação de sustentabilidade reconhecida internacionalmente. Além disso, é a primeira Casa de container e steel frame do Brasil a receber esse tipo de certificação. A GBC considera critérios de inovação, liderança, responsabilidade social e gestão ambiental.
Cozinha, de Claudia Novak e Daniela Cerbatto (Foto: Leticia Akemi)
Recursos
Além de ser construída predominantemente em container, a casa também adota o método construtivo steel frame, que se caracteriza por gerar menos resíduos do que as construções tradicionais, seguindo a arquitetura sustentável. “De acordo com documento oficial da visão 2050 do Brasil, o setor da construção civil é um dos maiores consumidores de energia e recursos naturais. Sua cadeia produtiva é responsável por 75% da extração desses recursos, entre água, madeira e minerais, gerando cerca de 50% dos resíduos sólidos urbanos e o desperdício dos materiais pode chegar a 40%; por isso é preciso repensar a forma de projetar e construir e adotar métodos alternativos e funcionais”, explica Tatiana. Mais de 20%da energia elétrica utilizada é produzida na própria casa, por meio de painéis fotovoltaicos.
Copa e Churrasqueira, de Givago Ferentz (Foto: Tatiana Hultmann)
Além disso, outras medidas foram adotadas, como o aproveitamento da luz natural com a instalação de grandes janelas, eletrodomésticos e lâmpadas mais eficientes, conjunto que proporciona uma economia de mais de 30%. Há também um sistema de aproveitamento de água da chuva, que é captada pelo telhado, tratada e abastece duas bacias sanitárias, sendo uma delas convertida para a limpeza geral da casa.