Impressão 3D traz vantagens à construção civil
A onda inovadora provocada pelas impressoras 3D, que já se fez sentir em variados segmentos da indústria, chega agora também à construção civil. A novidade se populariza, entre outras razões, porque essa tecnologia favorece a redução de custos e a racionalização no uso de insumos.
Uma enorme vantagem proporcionada por essa tecnologia é a redução de máquinas e a economia de recursos vitais, como água e energia. São inovações que favorecem grandemente a construção civil, pois representam maior economia para as construtoras.
Um bom exemplo do uso da impressão na construção é o projeto da startup Cazza, de Dubai. A empresa anunciou estar trabalhando num projeto que emprega a impressão na construção de edifícios de concreto ao ritmo de até 200 metros quadrados por dia. Com o auxílio de uma grua de impressão em 3D, a Minitank, a empresa afirmou à CNN que, além de atender as necessidades em lugares de rápida expansão demográfica, oferece uma opção mais saudável ao meio ambiente. O primeiro projeto da Cazza é construir um prédio de 1.375 metros de altura em Dubai, com 80 andares, até o ano de 2020.
Enquanto o projeto da Cazza é focado no design e voltado para um público de renda elevada, há experimentos populares de casas impressas, como o que desenvolve a empresa italiana WASP (World’s Advanced Saving Project), que, no mês passado, concluiu seu projeto de uma impressora de 12 metros de altura movida a energia solar. O objetivo é utilizá-la na criação de uma vila ecológica na zona industrial de Bolonha. O porta-voz da Wasp, Maurizio Andreoli, contou ao “The Guardian” que o sonho que embala o projeto é “substituir favelas por casas naturais, que não deixem resíduos quando não forem mais usadas”.
A tecnologia de impressão em 3D já deu mostras do que é capaz. O grande desafio agora é tornar o seu uso viável do ponto de vista dos custos, ainda muito elevados, principalmente para objetos em grande escala. De fato, ainda levará um tempo até que a tecnologia 3D se espalhe pelo mercado.
De acordo com a Gartner, empresa especializada em pesquisa de mercado, existem cerca de 40 fabricantes de impressoras 3D e mais de 200 startups com projetos voltados ao consumidor. Nas projeções da agência, no entanto, ainda serão necessários de cinco a dez anos para que a tecnologia se torne acessível economicamente e se popularize.