Setor de máquinas para construção segue em recuperação
Setor de máquinas e equipamentos mantém a rota de crescimento em 2018, segundo dados divulgados pela Abimaq em seu boletim mensal
Segundo a Abimaq (Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos), o destaque em agosto foi o fato de a receita líquida apresentar alta de 5,9% no acumulado do ano, enquanto a produção física, medida pelo IBGE, teve uma alta de 5,3%, na fabricação de máquinas e equipamentos, no mesmo período.
Segundo o IBGE, o segmento de bens de capital para construção registrou uma variação percentual de 42,8% na produção física industrial no acumulado dos últimos 12 meses. No acumulado de janeiro a agosto, o índice chega a 35,8%.
Em sua análise, a Abimaq destaca que, dada a atual conjuntura interna, grande parte do setor se viu obrigada a buscar alternativas no mercado externo. Todavia, segundo a associação alguns pontos relacionados ao mercado externo podem influenciar o setor, incluindo a guerra comercial global, que ganha novos capítulos constantemente, além da delicada situação pela qual atravessa a Argentina, grande compradora de máquinas e equipamentos do Brasil.
A incerteza pode ser observada no índice de confiança da indústria. No mês de agosto de 2018, a indústria geral registrou queda da produção física 0,3% em comparação mensal, livre dos efeitos sazonais. Representando o segundo mês de queda consecutiva, nesses dois meses já acumula uma queda de 0,4%, mas no acumulado do ano a variação é positiva em 2,5% e, em doze meses, em 3,1%. Esses são alguns dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Para um crescimento mais consistente é imprescindível uma reação do mercado interno, que virá caso o novo governo consiga estabilizar o quadro político e propor as reformas que o país necessita”, reitera a Abimaq.
Para entidade, o cenário atual continua conturbado, com incertezas principalmente em relação ao quadro político e as diretrizes a serem tomadas pelo próximo governo. A Abimaq ressaltou a importância de uma agenda de reformas estruturantes, diminuindo as incertezas e tornando o ambiente mais adequado para a volta do crescimento. “É imprescindível a volta da capacidade de investimento”, destaca em comunicado.