Influenciado pelo franco-suíço Le Corbusier, expoente da arquitetura moderna, o arquiteto Sérgio Salles, titular do escritório Arqlab, projetou uma construção contemporânea de dois andares, com 315 m², implantada em terreno plano de igual metragem no Jardim Luzitânia, em São Paulo. “Trata-se de uma releitura dos conceitos preconizados por ele”, afirma o arquiteto.
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É em torno de um pátio central com jardim, que se articula a casa de linhas retas, sem um só pilar, porque está apoiada nas laterais. Aquela área dominante junta-se às “peles de vidro” – delimitadoras dos espaços internos –, que geram uma transparência exacerbada. O efeito cristalino cria conexão visual fácil, proporcionando aos moradores a possibilidade de verem uns aos outros em diferentes partes da edificação com bastante luz natural. “A casa não tem pudor dela mesma”, comenta o arquiteto, que acrescenta: “O projeto funciona para uma família com muita intimidade”.
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Os proprietários são um casal, com uma filha casada e um filho, o artista plástico Guil Macedo, que passa temporadas lá. Localizado à direita de quem entra, o eixo social leva ao living com espaços integrados. O eixo de serviços fica à esquerda. No piso superior, a suíte máster está à frente, e há outras duas ao fundo. O acesso se dá pela escada disposta no hall de entrada. A partir do primeiro pavimento, uma escada metálica aérea leva ao solário, na cobertura, de onde se pode ter uma bela vista do Parque Ibirapuera.
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Entre os acabamentos empregados, estão, por exemplo, o piso de peroba mica na área social e o microcimento que reveste alguns pisos e paredes. Na fachada, bem insolada, destacam-se os brises de cumaru dispostos junto ao andar superior para proteger a área íntima. A madeira dos painéis deslizantes e vazados é um material que serve de contraponto ao restante. “Ela ‘adoça’ a construção”, considera Sérgio.
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