Fortaleza – CE | terça-feira 30 de setembro de 2025 / 20:04

Confiança da construção volta a subir em setembro após dois meses de queda

Índice da FGV alcança 92,3 pontos, puxado pelas expectativas para os próximos meses, apesar de empresários seguirem cautelosos com a atividade

O Índice de Confiança da Construção (ICST), calculado pelo FGV IBRE, encerrou setembro em alta de 0,7 ponto, chegando a 92,3 pontos depois de dois meses consecutivos de retração. Apesar do avanço, a média móvel trimestral recuou 0,6 ponto, refletindo a cautela do setor.

Segundo o levantamento, os empresários da construção demonstraram maior pessimismo ao longo do terceiro trimestre, um movimento observado em todos os grandes segmentos da atividade. Ainda assim, o trimestre terminou com ligeira alta no Índice de Expectativas (IE-CST), sustentada pela projeção de melhora na demanda, o que também reduziu a intenção de demitir no curto prazo.

De acordo com Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV IBRE, a volatilidade do indicador reflete o cenário de incertezas, mas desde abril de 2021 o percentual de empresas que espera aumento da demanda supera o das que projetam queda. “Prevalece a percepção de que a atividade continuará crescendo, mesmo em ritmo mais moderado”, destacou.

A alta de setembro foi explicada unicamente pelo avanço das expectativas futuras. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) variou -0,2 ponto, mantendo-se em 91,9 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2022 (91,4 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,5 ponto, alcançando 92,9 pontos.

Dentro do ISA-CST, os componentes se moveram em direções opostas: o indicador da situação atual dos negócios avançou 1,0 ponto para 91,9, enquanto o indicador de carteira de contratos recuou 1,5 ponto, ficando em 91,8. Pelo lado do IE-CST, os dois componentes registraram alta: a demanda prevista para os próximos três meses cresceu 1,2 ponto (94,0) e a tendência dos negócios em seis meses avançou 1,8 ponto (91,7).

Outro destaque foi o Nível de Utilização da Capacidade da Construção (NUCI), que subiu 0,6 ponto percentual, chegando a 78,8%. Os NUCIs específicos também tiveram avanço: o de mão de obra aumentou 0,8 p.p. para 80,4%, enquanto o de máquinas e equipamentos cresceu 0,4 p.p., atingindo 73,7%.

Fonte: Redação

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