Pesquisadores da Universidade Estadual de Montana, nos Estados Unidos, desenvolveram um novo tipo de concreto vivo composto por fungos e bactérias, capaz de se regenerar e permanecer funcional por um período superior ao dos materiais de construção convencionais. O estudo foi publicado na revista Cell Reports Physical Science.
O material foi elaborado com micélios do fungo Neurospora crassa combinados com células bacterianas. Segundo os cientistas, além da capacidade de regeneração, o concreto vivo mantém sua viabilidade por até um mês, superando outros biomateriais similares que geralmente se degradam em poucos dias ou semanas.
Produzido em baixas temperaturas, o novo concreto apresenta menor impacto ambiental, o que o posiciona como uma alternativa promissora ao cimento tradicional, responsável por aproximadamente 8% das emissões globais de dióxido de carbono de origem humana.
De acordo com a pesquisadora Chelsea Heveran, autora correspondente do estudo, os materiais biomineralizados ainda não possuem resistência suficiente para substituir o concreto convencional em todas as aplicações, mas os avanços apontam para melhorias nas propriedades estruturais.
Além da sustentabilidade, os pesquisadores destacam que o concreto vivo pode tornar o setor da construção civil mais adaptável. A equipe segue trabalhando para aumentar sua durabilidade e viabilizar a produção em escala industrial.