A Caterpillar, considerada um termômetro da economia global, prevê uma leve queda nas vendas em 2025 caso as tarifas impostas pelo governo Donald Trump permaneçam vigentes e os Estados Unidos entrem em recessão no segundo semestre.
A projeção foi apresentada junto aos resultados financeiros do primeiro trimestre, que ficaram abaixo das expectativas do mercado. A fabricante de equipamentos pesados traçou dois cenários: com as tarifas e uma recessão, o lucro operacional ficaria dentro da meta anual; sem essas barreiras, o lucro se aproximaria do teto da faixa projetada, com vendas estáveis em relação ao ano anterior.
A incerteza gerada pela política comercial norte-americana tem afetado empresas em todo o mundo. As tarifas em vigor e os riscos de desaceleração econômica dificultam a previsão de demanda para os próximos meses, segundo a Caterpillar.
Para o segundo trimestre, a empresa estima um impacto adicional de US$ 250 milhões a US$ 350 milhões em custos, mesmo considerando ações iniciais de mitigação e controle de despesas.
Apesar dos resultados abaixo das expectativas — o lucro ajustado por ação foi de US$ 4,25, frente à média de US$ 4,32 esperada por analistas —, as ações da Caterpillar subiram até 2,2% nas negociações pré-mercado em Nova York.
O desempenho mais fraco foi atribuído a um menor volume de vendas, principalmente em razão da mudança nos estoques das concessionárias. Ainda assim, a análise da consultoria Vital Knowledge aponta que, apesar da perda de receita e do lucro por ação (EPS), a essência do relatório e das perspectivas da empresa não é tão negativa quanto os números iniciais sugerem.