Fortaleza – CE | quarta-feira 1 de outubro de 2025 / 21:30

Setor de máquinas e equipamentos registra queda de 10,7% em agosto, aponta Abimaq

Indústria encolhe frente a 2024, mas exportações crescem mais de 30% puxadas por América do Sul; vendas internas seguem em retração.

De acordo com a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), o setor encerrou agosto com queda de 10,7% no consumo aparente em relação ao mesmo período de 2024, totalizando R$ 34,34 bilhões.

O faturamento da indústria somou R$ 26,53 bilhões, recuo de 5,6% no comparativo anual, embora tenha registrado leve alta de 0,6% frente a julho.

Vendas internas em retração

As vendas domésticas alcançaram R$ 19,65 bilhões em agosto, o que representa queda de 13,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. Apesar disso, houve uma recuperação de 1,6% na margem em relação a julho.

Segundo a Abimaq, o segmento de bens de consumo foi o que apresentou maior crescimento ao longo de 2025, sustentado pelo aumento do poder de compra das famílias.

Exportações em alta puxadas pela América do Sul

O setor exportou US$ 1,26 bilhão em agosto, alta de mais de 33% frente ao mesmo mês de 2024. O destaque foi o desempenho de máquinas para infraestrutura, logística e construção civil.

Os principais destinos foram países da América do Sul, especialmente Argentina, Chile e Peru. Por outro lado, as vendas para os Estados Unidos, que representam 25,9% das exportações acumuladas no ano, caíram 7,5%, refletindo a menor demanda por máquinas para construção civil.

Importações em queda

As importações atingiram US$ 2,57 bilhões em agosto, queda de 0,2% em relação a 2024 e recuo de 11,4% frente a julho.

A Abimaq destacou que a redução dos preços médios das máquinas importadas neutralizou parte dos efeitos da desvalorização do real, permitindo que o país aumentasse o volume de compras externas.

Panorama geral

O desempenho de agosto reforça o cenário de desaceleração no mercado interno, com retração no consumo e nas vendas domésticas, mas compensação parcial pelas exportações, que vêm sustentando o setor em 2025.

Fonte: Redação

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