Os preços de venda de imóveis residenciais seguem em trajetória ascendente no Brasil. De acordo com o índice FipeZap, maio de 2025 registrou alta de 0,46%, acumulando valorização de 7,66% em 12 meses — acima do IPCA/IBGE (5,42%) e do IGP-M/FGV (7,02%). O cenário reforça a resiliência do mercado imobiliário mesmo diante das pressões inflacionárias.
Esse crescimento está ancorado no aquecimento do setor. Dados da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), em parceria com a Fipe, apontam que os lançamentos de imóveis subiram 23,4% no acumulado de 12 meses até janeiro de 2025, com destaque para os empreendimentos de médio e alto padrão, menos sensíveis à oscilação da taxa de juros.
No entanto, esse dinamismo impõe obstáculos. Entre os maiores desafios estão o aumento dos custos da construção, escassez de mão de obra qualificada e dificuldades logísticas na entrega de materiais. Em maio, o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), da FGV, subiu 0,26%, abaixo dos 0,59% registrados em abril. Ainda assim, a taxa acumulada em 12 meses alcançou 7,17%, quase o dobro dos 3,68% de maio de 2024.
Diante desse cenário, o planejamento estratégico e financeiro das obras se torna crucial. Incorporadoras mais preparadas se destacam pela capacidade de entregar projetos no prazo e com a qualidade prometida. Antes mesmo da compra de um terreno, é fundamental definir público-alvo, valores de venda, demanda regional e estimativas de custo, garantindo uma análise de viabilidade detalhada.
Controle rigoroso de prazos, gestão orçamentária precisa e monitoramento em tempo real das obras são fatores que contribuem diretamente para o sucesso do projeto. O uso de tecnologia na construção civil, aliado a parcerias estratégicas, permite uma logística mais eficiente, minimizando desperdícios e garantindo qualidade dos materiais.
Outro ponto essencial é a previsão de imprevistos. Estabelecer margens de segurança no cronograma e orçamento ajuda a absorver atrasos ou surpresas durante a obra, sem comprometer o empreendimento. E a responsabilidade não termina com a entrega das chaves: o pós-obra também é decisivo na satisfação dos clientes.
Empresas que oferecem atendimento contínuo, assistência técnica e canais de comunicação abertos com os compradores conseguem fidelizar clientes e fortalecer sua reputação. Ter profissionais preparados para esse relacionamento é tão importante quanto a execução da obra.
Com o mercado em alta e os custos pressionando margens, o diferencial das incorporadoras está em equilibrar crescimento com gestão de excelência. Planejamento, controle e atenção ao cliente são os pilares para construir não apenas empreendimentos, mas também confiança e longevidade no setor.