Fortaleza – CE | domingo 9 de março de 2025 / 21:15

Renda domiciliar per capita avança 9,3% em 2024; Distrito Federal lidera ranking

Pesquisa revela disparidades regionais, com Maranhão registrando o menor valor entre os estados

A renda domiciliar per capita no Brasil registrou crescimento de 9,3% em 2024, alcançando R$ 2.069, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. O aumento reflete uma melhora nos rendimentos do trabalho e de outras fontes, como aposentadorias, auxílios governamentais e aluguéis.

O Distrito Federal se destacou no ranking nacional, com a maior renda per capita do país: R$ 3.444. Em contrapartida, o Maranhão apresentou o menor valor, com apenas R$ 1.077, evidenciando uma diferença significativa entre as regiões brasileiras. Essas informações são utilizadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para o rateio do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE).

A PNAD Contínua também destacou que beneficiários do Bolsa Família ocuparam 75% dos novos empregos com carteira assinada em 2024, indicando um impacto positivo das políticas sociais na formalização do mercado de trabalho.

Disparidades regionais marcam cenário nacional

Os dados revelam desigualdades persistentes entre os estados brasileiros. Enquanto o Distrito Federal apresenta uma renda per capita três vezes superior à do Maranhão, outros estados do Norte e Nordeste também figuram entre os menores valores do país. Confira os números por estado:

  • Distrito Federal: R$ 3.444
  • São Paulo: R$ 2.662
  • Rio Grande do Sul: R$ 2.608
  • Santa Catarina: R$ 2.601
  • Rio de Janeiro: R$ 2.490
  • Paraná: R$ 2.482
  • Mato Grosso: R$ 2.482
  • Mato Grosso do Sul: R$ 2.169
  • Espírito Santo: R$ 2.111
  • Goiás: R$ 2.098
  • Minas Gerais: R$ 2.001
  • Tocantins: R$ 1.737
  • Rondônia: R$ 1.717
  • Rio Grande do Norte: R$ 1.616
  • Roraima: R$ 1.538
  • Amapá: R$ 1.514
  • Sergipe: R$ 1.473
  • Pernambuco: R$ 1.453
  • Paraíba: R$ 1.401
  • Bahia: R$ 1.366
  • Piauí: R$ 1.350
  • Pará: R$ 1.344
  • Alagoas: R$ 1.331
  • Acre: R$ 1.271
  • Amazonas: R$ 1.238
  • Ceará: R$ 1.225
  • Maranhão: R$ 1.077

Importância dos dados para políticas públicas

A renda domiciliar per capita é calculada dividindo-se o total dos rendimentos domiciliares nominais pelo número de moradores em cada região. Esse indicador é essencial para avaliar as desigualdades socioeconômicas e orientar decisões sobre distribuição de recursos federais, como o FPE.

As disparidades regionais destacam a necessidade de políticas públicas mais eficazes para reduzir as desigualdades e promover o desenvolvimento econômico em estados com menor renda per capita. Além disso, o crescimento de 9,3% no índice nacional demonstra avanços importantes, mas ainda há desafios a serem superados para garantir uma distribuição mais equitativa de renda no país.

Com esses dados, governos e instituições podem planejar estratégias para impulsionar a geração de empregos formais, melhorar a qualidade de vida da população e fortalecer economias locais, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Fonte: Redação

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