Fortaleza – CE | quinta-feira 24 de abril de 2025 / 06:20

Setor imobiliário projeta crescimento com nova faixa do Minha Casa, Minha Vida

Nova modalidade para imóveis de até R$ 500 mil é bem recebida por construtoras, que destacam impacto positivo no acesso ao crédito e no aquecimento do mercado

A nova faixa do programa Minha Casa, Minha Vida, voltada para imóveis de até R$ 500 mil, foi bem recebida por representantes do setor imobiliário, que apontam o potencial da medida para ampliar o acesso ao crédito e estimular novos lançamentos. A iniciativa prevê a destinação de R$ 30 bilhões em recursos, com prazo de financiamento de até 30 anos e taxa de juros de TR +10% ao ano.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, a nova modalidade contempla um público com demanda real por habitação e que vinha sendo desatendido pelas atuais condições do mercado. “Com essa taxa de juros, comparativamente mais atrativa do que as praticadas pelo SBPE, mais pessoas estarão aptas a adquirir imóveis”, afirma. França ressalta que o custo elevado dos financiamentos com recursos da poupança havia afastado uma parcela significativa da classe média do mercado imobiliário.

Para o diretor da The INC Incorporações, Thiago Soares, a chamada “Faixa 4” tem potencial para reorganizar o setor em um momento de juros altos. Ele acredita que a medida pode aquecer as vendas e impulsionar o mercado como um todo. A avaliação é compartilhada por Jamille Dias, consultora da Riviera Construções, que destaca o impacto positivo da nova faixa para o público que busca o primeiro imóvel.

“A Faixa 4 deve estimular novos lançamentos, mas é importante que o governo também mantenha a atenção sobre as faixas 1 e 2, voltadas para famílias com menor renda, que ainda enfrentam dificuldades em arcar com a entrada ou não possuem saldo de FGTS”, observa Jamille.

A CEO da Riooito Incorporações, Mariliza Fontes Pereira, também vê a medida como positiva, sobretudo para o segmento de imóveis entre R$ 350 mil e R$ 500 mil, que, segundo ela, estava carente de opções de financiamento acessíveis. “A expectativa é boa, mas é fundamental que a Caixa Econômica Federal adote maior flexibilidade na liberação dos recursos para garantir a efetividade da iniciativa”, afirma.

Com a ampliação do programa, o setor imobiliário aguarda um ciclo de retomada, apostando no aumento da demanda e na expansão da oferta de imóveis para uma faixa da população que, até então, encontrava dificuldades para financiar a casa própria.

Fonte: Redação

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