Fortaleza – CE | sexta-feira 8 de agosto de 2025 / 08:34

Empregos na construção civil ultrapassam marca histórica

Impulsionado por lançamentos imobiliários e obras de infraestrutura, setor volta a ser protagonista na geração de empregos formais; escassez de mão de obra qualificada revela desafios e oportunidades

O setor da construção civil alcançou um marco histórico em maio de 2025 ao ultrapassar, pela primeira vez desde 2014, a marca de 3 milhões de trabalhadores com carteira assinada. O dado, divulgado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com base nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revela o melhor desempenho do setor em mais de uma década, consolidando a retomada do mercado de trabalho na área.

Crescimento sustentado por obras e novos empreendimentos

Entre janeiro e maio deste ano, foram criadas cerca de 149 mil vagas formais no setor, número que evidencia o forte aquecimento da construção civil. Esse movimento tem sido impulsionado, principalmente, pela expansão de projetos de infraestrutura e pelo aumento dos lançamentos imobiliários em diferentes regiões do país. O dinamismo desses segmentos tem recolocado a construção civil em posição de destaque na geração de empregos com carteira assinada, contribuindo significativamente para a economia brasileira.

Mesmo com uma leve desaceleração em maio — quando foram geradas mais de 16 mil novas vagas — o setor manteve seu fôlego. No mês, a construção ficou atrás apenas dos segmentos de serviços, agropecuária, indústria e comércio no volume de contratações formais, demonstrando sua resiliência e importância no cenário econômico nacional.

Déficit de profissionais qualificados ainda é obstáculo

Apesar do avanço nos números de emprego, a construção civil segue enfrentando um dos seus principais gargalos: a escassez de mão de obra qualificada. Empresas de todo o país relatam dificuldades para encontrar profissionais capacitados para funções essenciais, como pedreiros, eletricistas, encanadores e operadores de máquinas.

A falta de trabalhadores com experiência ou formação técnica específica impacta diretamente no andamento das obras, podendo gerar atrasos, elevar os custos e comprometer a qualidade dos serviços prestados. Embora seja um problema crônico e já bastante conhecido pelo setor, a questão ainda carece de políticas públicas e iniciativas privadas mais eficazes para a formação e atualização de mão de obra.

Alta demanda abre portas para novos profissionais

O aquecimento do setor e o déficit de trabalhadores qualificados criam um cenário propício para quem busca ingressar ou retornar ao mercado da construção civil. Oportunidades estão se abrindo em todo o Brasil, especialmente para quem investe em cursos profissionalizantes de curta duração nas áreas de construção, segurança do trabalho, hidráulica e instalações elétricas.

A valorização de candidatos que demonstram preparo técnico e vontade de aprender tem crescido entre os empregadores. Isso se aplica tanto a jovens em busca do primeiro emprego quanto a profissionais mais experientes que desejam se atualizar ou mudar de área.

Com a oferta de mão de obra qualificada abaixo da demanda, empresas estão mais abertas a treinar colaboradores e oferecer oportunidades de crescimento interno. Assim, o momento é considerado ideal para quem deseja aproveitar a expansão do setor e construir uma carreira sólida na construção civil.

Fonte: Redação

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