Fortaleza – CE | terça-feira 13 de maio de 2025 / 19:29

Juros altos dificultam avanço da economia circular no Brasil, diz CNI

Vice-presidente da entidade afirma que custo elevado do crédito trava investimentos, principalmente em pequenas e médias empresas

O vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Marcelo Thomé de Almeida, afirmou nesta terça-feira (13) que a alta taxa de juros é um dos principais obstáculos ao avanço da economia circular na indústria brasileira.

Durante participação no Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF), realizado em São Paulo, Almeida destacou que o encarecimento do crédito afeta principalmente as pequenas e médias empresas, dificultando os investimentos necessários em tecnologias sustentáveis, novos processos e modelos de negócios baseados em reutilização de recursos.

Pesquisa recente conduzida pela CNI, com apoio da FIESP, revelou que as principais barreiras para a indústria são econômicas. A elevada taxa de juros encarece o acesso ao crédito, e isso limita os investimentos em tecnologias, novos processos e modelos de negócios circulares”, afirmou o vice-presidente.

Ele também citou obstáculos tecnológicos e a falta de mão de obra qualificada como desafios adicionais. “Muitas soluções ainda têm custo elevado e há escassez de profissionais capacitados para implementá-las dentro das empresas”, acrescentou.

Segundo Almeida, superar esses entraves exige uma ação coordenada entre governos, setor produtivo, sistema financeiro e cooperação internacional.

O WCEF 2025 é uma iniciativa do Fundo Finlandês de Inovação Sitra e conta com organização da FIESP, CNI, ApexBrasil e SENAI. Em sua nona edição, o evento acontece nos dias 13 e 14 de maio, no Parque Ibirapuera, em São Paulo, reunindo especialistas de todo o mundo para discutir caminhos e estratégias para uma economia circular global.

O fórum busca promover a transição para um modelo econômico mais sustentável, incentivando parcerias internacionais e a troca de soluções empresariais inovadoras que reduzam o desperdício e aumentem a eficiência dos recursos.

Fonte: Redação

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