Arquitetura moderna dá forma a refúgio onde moradores são protagonistas
Projetada para um casal que está se retirando da vida profissional, a casa em Bragança Paulista une conforto e estética com soluções arquitetônicas em terreno de 1500 m²
Após anos de dedicação à vida profissional, o que mais desejamos é poder desfrutar das nossas conquistas e aproveitar a maturidade. Morar em um refúgio, uma casa confortável, com espaço para receber a família e os amigos faz parte do cenário ideal para a aposentadoria deste casal.
Luiz Paulo Andrade assina a casa que foi projetada em três níveis, devido à topografia do terreno, com funções bem definidas. Cada um dos volumes retangulares foi disposto perpendicular ao outro. Um pouco abaixo da linha da rua, encontra-se o pavimento intermediário. Nele concentram-se todas as atividades e usos que fazem parte da rotina do casal, como uma casa completamente térrea.
O andar é composto por suíte do casal e um quarto de hóspedes, home theater, living, jantar, cozinha e depósitos, spa, lavabo e a adega – um dos sonhos dos moradores para a casa nova. A sala de estar e jantar funciona como articuladora de todos os ambientes, conectando-se à rua, aos espaços de lazer, à área íntima do térreo e às escadas que levam para o andar de cima.
Panos de vidro integram os ambientes com a área de lazer, que inclui um amplo terraço, espaço gourmet, deck, sauna e piscina. “A casa foi concebida para um casal que acaba de se retirar da vida profissional. O objetivo principal foi criar um lugar de refúgio, confortável, que dialogue de forma direta com o entorno e com a paisagem”, conta o arquiteto.
Garagem, lavanderia, academia e demais dependências de serviço ficam no pavimento inferior. Com as linhas retas da arquitetura modernista, o grande destaque – visto de fora – fica para o volume superior, que abriga as duas amplas suítes dos filhos, além de uma de hóspedes e uma grande suíte para crianças, servidos por uma copa de apoio.
A decoração faz referência a diversos momentos da produção nacional, já as cores se inspiram na paisagem e na natureza. O materiais escolhidos fazem parte do repertório da arquitetura moderna paulista, abusando do uso do concreto e da madeira. Para os caixilhos, foi escolhido o alumínio.
“O projeto tem como base a linguagem arquitetônica modernista e sua tradição de composição de grandes volumes ortogonais. Procura minimizar formas, ambientes e acabamentos de maneira a compor um grande cenário, onde os protagonistas são os indivíduos”, aponta Luiz Paulo.