China limita arranha-céus, proíbe plágio e quer ser uma potência também na arquitetura
A China se prepara para ser uma superpotência também na arquitetura. No dia 27 de abril o Ministério de Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural do país asiático publicou novas diretrizes para a arquitetura chinesa.
Como atesta o documento, está “estritamente proibido plágio, imitação e comportamento imitador de edifícios”. A nova política proíbe também a construção de arranha-céus com mais de 500 metros de altura e ainda indica que prédios com mais de 250 metros devem ser “severamente restringidos”.
E pede por uma sensibilidade paisagística, obrigando a proteger o patrimônio histórico, de casinhas tradicionais a prédios mais importantes, como relíquias culturais. O governo sentencia ainda, por meio do ato administrativo, que um comitê será criado para remediar várias “doenças urbanas” criadas ao longo dos anos com edifícios megalomaníacos, estranhos e que tentam imitar grandes ícones turísticos do resto do mundo.
O governo chinês justifica a nova diretiva no próprio documento: “o estilo arquitetônico dos prédios e do planejamento urbano são a unidade orgânica da imagem externa e do espírito de uma cidade, refletindo sua qualidade cultural”. Por isso, mudanças são necessárias para acompanhar nosso tempo, “para implementar políticas públicas de construção que sejam democráticas, econômicas, sustentáveis e belas; para fortalecer a arquitetura do país e sua autoconfiança”.
Por fim, e não menos importante, o documento pede para autoridades locais adotarem formas de publicizar e popularizar a cultura da arquitetura em toda a sociedade, para uma vida melhor.