Cidade Matarazzo e Rosewood São Paulo

Surge um novo ícone arquitetônico inspirado na sustentabilidade e diversidade cultural paulistana

O Hospital Umberto I (lê-se Humberto Primo), mais conhecido como Hospital Matarazzo, foi construído pela Società Italiana di Beneficenza, em 1904, para atender ao imigrantes italianos e seus descendentes que aqui chegavam. Um de seus principais mecenas foi justamente o Conde Matarazzo que acabaria por vincular seu nome ao do hospital. Na época em que foi construído, em terreno de 27.419 mil metros quadrados[1] no bairro Bela Vista, a avenida Paulista ainda era uma rota distante ocupada por grandes chácaras, que separava a região dos bairros residenciais dos Jardins ao centro histórico da cidade.  Formado por edifícios no estilo neoclássico, o conjunto foi tombado em 1986, como bem cultural de interesse histórico-arquitetônico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). A propriedade faliu, encerrou suas atividades em 1993 e acabou fechada durante 20 anos. Até que em 2011 o imóvel foi adquirido pelo grupo francês Allard que enxergou justamente nesse componente histórico um verdadeiro tesouro arquitetônico.

Surgia assim o projeto de construção da Cidade Matarazzo, vizinha à Av. Paulista, hoje principal roteiro cultural cultural da cidade.  O empreendimento não pretende ser apenas um case de restauro arquitetônico mas apresentar  um novo conceito de arquitetura combinado ao de negócios, tendo como base a própria história do local.  O Cidade Matarazzo traz ao Brasil o prestigiado Hotel Rosewood, incorporando a antiga maternidade a uma belíssima torre nova, projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel (ganhador do prêmio Pritzker em 2008), com design de interiores de Philippe Starck. As alamedas terão paisagismo do francês Louis Benech.

Hospital Matarazzo

O Rosewood São Paulo será o primeiro hotel seis estrelas do Brasil, integrante de uma das mais exclusivas e sofisticadas redes de hotelaria do mundo, a Rosewood Hotels & Resorts, que tem em seu portfólio hotéis como o The Carlyle, em Nova York, o Hotel de Crillon, em Paris, e o Las Ventanas, em Los Cabos. Através de seu lema, “A Sense of Place”, a Torre Rosewood São Paulo tem como conceito a valorização cultural brasileira através de detalhes arquitetônicos e proposta de atendimento, seja por meio do mobiliário, design, assim como de materiais como mármores e madeiras além, é claro, do paisagismo. De acordo com Jacques Brault, do grupo Allard,  o complexo hoteleiro resgata a história de uma época e cria novo conceito arquitetônico único baseado na sustentabilidade e diversidade típicas do Brasil e, sobretudo, presente na história de construção da cidade de São Paulo.

Fonte: Grandes Construções