EUA devem incentivar infraestrutura no Brasil
Governo americano acredita no potencial de expansão que o setor tem não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina
Brasil e Estados Unidos assinaram na semana passada um memorando de entendimento para estimular o financiamento de projetos de infraestrutura no Brasil.
“Esse memorando significa que as duas partes estão trabalhando juntas para financiar os projetos prioritários de infraestrutura do Brasil”, afirmou o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross.
O acordo foi formalizado após Ross se reunir com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Ross participou, em Brasília, do Latin American Leadership Forum, realizado no dia 1º de agosto, evento sobre projetos de infraestrutura, e dedicou sua fala ao potencial de expansão que o setor tem não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina.
Em sua fala, Ross destacou o grande interesse dos Estados Unidos em ampliar a posições nessa área.
“Nossas empresas oferecem experiência, inovação, integridade e valores demandados pelos projetos de infraestrutura cruciais e oportunidades que existem aqui. Temos a oportunidade coletiva de promover um comércio aberto e justo, além de investimentos, para que nos tornemos a região do mundo de mais progresso e orientada ao crescimento”, disse Ross, que realiza uma visita oficial ao Brasil.
Dirigindo-se a investidores que, segundo ele, podem estar “um pouco receosos em participar de concorrências públicas” no Brasil, Ross disse: “Eu estaria menos nervoso aqui do que em outros lugares”.
Em seu discurso, o secretário do governo Donald Trump ressaltou ainda oportunidades de investimentos na América Latina, principalmente na área de infraestrutura.
“A América Latina destina um porcentual do seu PIB – Produto Interno Bruto à infraestrutura que só é menor do que a que existe na África Subsaariana”, afirmou Ross.
“Historicamente a maior parte da infraestrutura na América Latina tem sido administrada pelos governos. Mas, hoje em dia os governos da região buscam cada vez mais o setor privado para preencher essa deficiência. Eu acho que essa é uma mudança muito boa”, acrescentou.
Apesar das oportunidades listadas pelo secretário de Comércio dos EUA, Ross destacou que a participação de empresas do seu país no financiamento de infraestrutura na América Latina tem sido limitada.
Fonte: M&T