Impressão 3D ganha espaço na arquitetura e construção
O tema setá debatido na Inside 3D Printing, evento que já passou por países como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha e China, reunirá os maiores especialistas mundiais do tema e empresários de diversos segmentos.
O uso da impressão 3D no setor de construção e arquitetura permite abranger diferentes possibilidades de criação como, por exemplo: maquetes, esculturas, luminárias, lustres, vasos, molduras para quadros e porta-retratos. Além disso, o avanço dessa indústria já permite com que sejam impressos pequenas casas e outros tipos de construções, a partir de uma impressora 3D industrial.
Diante desse cenário, será realizada nos dias 11 e 12 de junho, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, a Inside 3D Printing Conference & Expo, evento que já esteve em países como Cingapura, Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Coreia do Sul e China.
A edição brasileira da feira vai reunir pesquisadores, a indústria, investidores e os maiores especialistas e fornecedores mundiais de soluções para manufatura aditiva e impressão 3D. Além do congresso com grandes nomes do setor, os visitantes assistirão a demonstrações das últimas novidades em impressoras e serviços, incluindo programas para projetistas, artistas e fabricantes.
Segundo Mônica Carpenter, diretora da Aranda Eventos, empresa organizadora da Inside 3D Printing no Brasil, é importante que o país participe dessas discussões e trocas de informações por se tratar de um nicho de oportunidades. “Nesse sentido, o evento será palco para a disseminação de informações técnicas e de mercado, no intuito de promover o desenvolvimento e a geração de negócios”, completa a executiva.
Mercado em desenvolvimento – o mercado de impressoras 3D tem registrado rápido avanço em todo o mundo. A consultoria empresarial americana Wohlers Associates calcula, para 2018, um faturamento global de cerca de 12 bilhões de euros, e em 2021, 17 bilhões de euros nesse segmento.
Depois do período de quebra de patentes, a impressão 3D se popularizou, tanto do ponto de vista de materiais usados, quanto de variedades de aplicações.
Essa variedade também se refletiu no valor das impressoras, que hoje vão desde U$ 500 a valores superiores a U$ 20 mil. Ou seja, em tempos de empreendedorismo, em que as pessoas buscam alternativas para se recolocarem no mercado de trabalho, a impressão 3D tem aparecido como solução em vários segmentos. Desde a fabricação de pequenas peças para reparo de máquinas, até a confecção de bijuterias, os produtos impressos em 3 dimensões são encontrados.
Há também os desenvolvimentos mais complexos, em que a tecnologia da impressão 3D tem de destacado. A indústria aeroespacial, por exemplo, foi uma das primeiras a adotar a manufatura aditiva, por utilizar peças que suportem exposições a condições extremas, na sua produção são exigidos um dos mais difíceis padrões de desempenho. A impressão 3D oferece peças complexas e com alta resistência, que possibilitam produtos mais leves, um dos fatores mais importantes na fabricação desses itens.
Nas áreas médica, ortopédica ou na dentária, que estão em constante inovação, uma maneira de aumentar precisão de próteses e de reduzir custos cirúrgicos é por meio da prototipagem. Além disso, hoje, médicos e profissionais da área já estão utilizando os materiais biocompatíveis da tecnologia para reproduzir em 3D réplicas de corações, vasos sanguíneos, rins, e outras partes do corpo humano.
No setor automotivo, a impressão 3D chega para mudar o conceito de montagem de veículos, com redução de estoques e com a personalização de acessórios para o consumidor.
Segundo Bene Padovani, consultor da Inside 3D Printing Conference & Expo, o Brasil tem figurado no segmento da impressão 3D, não apenas como consumidor dessas tecnologias, mas também com pesquisa e desenvolvimento, gerados pela iniciativa privada e pela academia. “Anualmente, o evento reúne especialistas e empresários visando a troca de informações e a geração de negócios no setor”, afirma.
Fonte: Obra 24horas