Inovações na construção civil apontam para um futuro sustentável
Construção a seco e o Steel Frame são exemplos de economia e sustentabilidade, já que reduzem a emissão de gases poluentes e agressivos ao meio ambiente.
Segundo o Conselho Internacional da Construção (CIB), os setores de construção civil e habitação são os que mais consomem recursos naturais. Estima-se que as porcentagens chegam a 40% do consumo de energia, 30% de produção de resíduos e 30% de emissões globais de gases com efeito estufa.
Especialistas destacam que a eficiência energética na construção civil se torna um pilar fundamental na luta contra as alterações climáticas.
“A adoção de práticas que reduzam o consumo de energia é essencial para mitigar os impactos ambientais e promover o desenvolvimento sustentável do planeta. Portanto, é preciso melhorar o consumo de energia neste setor”, comenta André Rossi, gerente de desenvolvimento e novos negócios da Barbieri do Brasil.
O executivo explica que a eficiência energética na construção civil passa pela otimização da utilização de recursos em todas as fases do processo construtivo, que vai desde a concepção até a operação e manutenção das obras, incluindo a implementação de tecnologias inovadoras, melhorias nos padrões de construção, o uso de materiais sustentáveis e a adoção de práticas que reduzam o consumo de energia e as emissões de carbono. “Os edifícios são responsáveis pela emissão abundante de gases com efeito de estufa. Isto se deve ao consumo de energia para aquecimento, resfriamento, iluminação e outros serviços. Um dos principais benefícios da implementação de estratégias de eficiência energética na construção é a redução deste consumo. Ao melhorar esta questão nos edifícios, a emissão de carbono pode ser consideravelmente reduzida, contribuindo assim para a mitigação das alterações climáticas”, ressalta.
Ainda de acordo com Rossi, geralmente, os materiais de construção úmidos também são prejudiciais ao meio ambiente, porque durante a fabricação utilizam um excesso de energia que, em muitos países do mundo, como a Argentina, é gerada principalmente em usinas termelétricas que queimam combustíveis fósseis. No entanto, o executivo afirma que o Steel Frame, um sistema à seco que utiliza estruturas de perfis de aço galvanizado, ao invés de cimento e tijolos, é uma alternativa eficaz para mudar este cenário. “Este sistema utiliza materiais isolantes térmicos no interior da estrutura que reduzem as perdas de energia e a necessidade de condicionar excessiva e artificialmente a casa, representando uma redução significativa nas emissões de carbono”, complementa.
Além disso, é comprovado que a diminuição do carbono e a melhoria da eficiência energética não são os únicos benefícios do Steel Frame, pois ele também representa uma redução de custos operacionais para os proprietários e usuários das edificações. Como resultado, inúmeros fabricantes de materiais para construção a seco estabeleceram compromissos para reduzir as suas emissões até 2030 e, em alguns casos, para chegar a zero até 2050.
Neste ponto, Rossi comenta que a Argentina assumiu importantes responsabilidades em termos de eficiência energética e alterações climáticas. Como signatário do Acordo de Paris, o país comprometeu-se a reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa e a trabalhar em prol de um desenvolvimento mais sustentável.
“Na Argentina, serão implementadas uma série de políticas e programas destinados a promover a eficiência energética no setor da construção. Isto inclui a atualização de regulamentos e normas para melhorar a eficiência energética dos edifícios, como a implementação de rotulagem nas habitações, por meio de leis, como a Lei 13.093 de Santa Fé, já regulamentada. Outras províncias como Entre Ríos, Río Negro, Mendoza e Tucumán também possuem regulamentações semelhantes”, explica o executivo.
Vale destacar que essas regulamentações determinam incentivos fiscais e financeiros à medida que aumenta a letra do rótulo, entre outras ações. No caso específico da Lei 13.093, o estado provincial é obrigado a construir todas as casas financiadas com recursos públicos com rótulo C, pelo menos a partir de 2027.
“Seguindo as recomendações destes projetos, acreditamos efetivamente que a eficiência energética na construção é essencial para avançarmos em direção a um futuro sustentável. Por isso, na Barbieri, seguimos as recomendações destes projetos. Conscientes dos desafios das alterações climáticas, trabalhamos ativamente para promover práticas mais sustentáveis como a construção a seco e o Steel Frame, e assim reduzir as emissões de carbono no setor”, finaliza Rossi.