INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL PARA OBTENÇÃO DE VANTAGEM COMPETITIVA

O varejo passa pela sua maior revolução até hoje, e inovações como a realidade virtual e aumentada encabeçam a lista de possibilidades de como as lojas podem unir o digital ao físico de forma eficiente e criativa

Porém, tudo isso ainda é visto como uma grande aposta, já que não existe efetividade comprovada de resultados no uso dessas tecnologias: investir em inteligência artificial ainda está ligado mais a construção de valor de marca do que no aumento de lucratividade.

O que é inteligência artificial (IA):

A inteligência artificial pesquisa o comportamento humano e busca simulá-lo de forma racional através da computação. Ela possibilita, por exemplo, o atendimento automatizado e uma relação mais próxima entre o varejista e os seus clientes.

Com ela, nós podemos conhecer o comportamento dos consumidores para oferecermos produtos de forma personalizada, criar estratégias customizadas e gerir estoques e precificação com mais inteligência.

Experiências com inteligência artificial já estão presentes em alguns dos grandes varejistas mundiais e, dentro desse modelo novo de varejo, podemos identificar alguns pontos importantes no uso da ferramenta:

Curadoria: a IA possibilita uma seleção de produtos customizada para os clientes baseado no seu histórico de consumo e comportamento. Um exemplo clássico disso é quando fazemos uma pesquisa no Google e ele entende o que queremos achar.

Interação e Imersão: a IA permite uma empresa criar experiências imersivas únicas e inovadoras para o consumidor. Essas experiências geralmente são compartilhadas pelos usuários e impactam um grande número de pessoas.

Conveniência e Automatização: a IA permite mais acessibilidade ao estoque das empresas e menor tempo na jornada de compra do consumidor. Produtos e serviços que são consumidos de forma repetitiva poderão ser adquiridos automaticamente gerando mais agilidade e eficiência na experiência de compra.

Previsão do comportamento: a IA consegue, através de cruzamento de dados, antecipar as necessidades dos clientes e criar ações focada nelas.

Além dos pontos acima, um bom exemplo de inteligência artificial no varejo é o uso de chatbots: sistemas que usam robôs para gerarem perguntas e respostas “humanizadas”, gravadas previamente no atendimento aos clientes. Os chatbots podem ser uma boa forma de iniciar o trabalho com inteligência artificial, já que não é necessário alto investimento e a gestão é relativamente fácil.

Essa tecnologia também pode vender, enviar e-mails personalizados e automatizados, dentro da linguagem da empresa, ou seja, a principal melhoria que você pode esperar com a inteligência artificial no varejo é a relação do cliente com a empresa.

Mesmo nas lojas físicas, onde a relação humana exerce fundamental importância, os robôs podem ser usados para vender mais e melhor.

Um grande exemplo do uso da realidade virtual no varejo nacional é o da Magazine Luiza que, em parceira com o Google, lançou o seu projeto de IA com o objetivo de aumentar a conversão de venda e a qualidade na relação com os consumidores. Para isso, uma das ações foi impulsionar o aplicativo para que ele alcançasse a sua meta de downloads. Com o aprendizado do uso das ferramentas, a Magazine Luiza lançou o seu aplicativo no canal certo e ainda conseguiu uma redução de custos de 30% no orçamento previsto.

Outro exemplo é a Renner que lançou uma ferramenta de busca de imagem para sua loja online. Ela funciona da seguinte forma: quando um cliente gosta de um produto em um look de outra pessoa, ela pode fotografar e buscar a imagem no aplicativo da marca. Se a peça for da Renner, ela consegue ler e o produto segue para o carrinho da loja online para a efetuação da compra.

O varejo vem testando a inteligência artificial como ferramenta de experiências para o consumidor e conversão de vendas, mas ainda existem muitas dúvidas e obstáculos sobre como ela realmente ajudará as empresas a faturarem mais gastando menos.

Investir nessas novas tecnologias é uma ótima forma de sair na frente quando se trata de inovação, mas como ela não será percebida no presente, é uma incógnita. O que sabemos é que ela faz parte do futuro, e quem não se atualizar ficará para trás.

Fonte: sebraeinteligenciasetorial.com.br