Mercado da construção civil cresce 9,2% na região Sudoeste

No Brasil, a construção civil é considerada o “termômetro da economia”. São 13 milhões de pessoas trabalhando na cadeia, segundo estimativas e, quando o setor começa a ter resultados positivos, é sinal de que o país está retomando o crescimento. Em julho do ano passado, de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, as contratações com carteira assinada nas obras superaram as demissões pela primeira vez em 33 meses.

No Paraná, os números são positivos em comparação a 2018. E melhores ainda na região Sudoeste. Segundo o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), houve aumento no número de registros de serviços. Com base nas Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), o Estado teve crescimento de 6,3% em todas as modalidades; na Regional Pato Branco, que compreende os municípios sudoestinos, o índice foi de 7,7%.

Especificamente na modalidade Engenharia Civil, o crescimento no número de ARTs foi de 9,2% no Sudoeste, no ano passado. Analisando apenas o segundo semestre, o aumento foi ainda maior, 20,6%. O incremento acentuou-se ainda mais nos últimos quatro meses de 2019, com percentual de 30,4%, comparando com o mesmo período de 2018.

O crescimento da quantidade de serviços de Engenharia Civil divulgado pelo Crea-PR mostra projeção positiva para a modalidade em 2020. Itamir Montemezzo, Engenheiro Civil de Francisco Beltrão e Conselheiro do Crea-PR, comenta que, no Brasil, a construção ou aquisição de imóveis é uma forma de poupança. “Como a política econômica tem-se mostrado favorável, os brasileiros estão mais confiantes para investir na construção civil. Imóveis, com o tempo, tendem a valorizar”, analisa o Engenheiro.

Montemezzo, que também é integrante da Câmara Especializada de Engenharia Civil do Crea-PR, acredita que o crescimento deverá continuar em 2020, o que resultará em aumento na contratação de Engenheiros, Técnicos e outros profissionais e também na cadeia de fornecedores.

A Engenheira Civil Loreni Fenalti da Costa, proprietária de construtora em Pato Branco, relata que a empresa registrou aumento de vendas no ano passado, em comparação aos anos de 2016 a 2018. As vendas refletem a confiança das construtoras e incorporadoras. “O projeto de um prédio, por exemplo, leva cerca de quatro anos para ser concluído. O aquecimento nas aquisições, em 2019, ocorre em função das obras iniciadas anteriormente”, destaca Loreni.

A Engenheira Civil, com 43 anos de experiência, cita ainda dados do panorama local, obtidos junto à secretaria de Engenharia e Obras de Pato Branco. “De janeiro de 2017 a novembro de 2019, houve crescimento de 44,39% sobre o total de área construída no município. As construtoras e incorporadoras acreditaram no aquecimento da economia”, completa.

Loreni está otimista quanto ao crescimento do setor em 2020. “Há expectativa de ótima safra de soja na região e o contexto de Pato Branco também se apresenta favorável para o crescimento econômico”, finaliza a Engenheira Civil.

Fonte: rbj