Exportação de máquinas e equipamentos registra crescimento de 24,2% em março. No 1º. trimestre, queda de 4,6%
A indústria de máquinas e equipamentos registrou, no mês de março, crescimento de 24,2% nas exportações em relação ao março de 2022. O resultado veio acima das expectativas e ajudou a aliviar a queda de 5,5% das receitas no mercado doméstico.
Mesmo com os bons números das exportações, que até o mês de março acumulam crescimento de 28,7%, o setor encerrou o primeiro trimestre com a receita total de vendas 4,6% menor. “O bom desempenho das exportações não foi suficiente para sustentar resultados positivos na receita do primeiro trimestre”, destaca Cristina Zanella, Diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A política monetária contracionista vem prejudicando as atividades de boa parte dos setores, mas principalmente dos dependentes de crédito. Houve queda nas vendas de máquinas e equipamentos no mercado doméstico de forma quase que generalizada.
“Nossa expectativa é de desempenho próximo ao observado em 2022, em termos de investimentos no país, mas ainda temos obstáculos impedido este cenário. Tivemos sequer sinalização de redução da taxa básica de juros. O produtor que depende de crédito para financiamento de investimentos não paga menos de 20% ao ano. Um custo impossível de sustentar com o retorno dos negócios”, reforça Zanella
Consumo aparente
O consumo aparente de máquinas e equipamentos – resultado da soma da produção direcionada ao mercado interno com as importações – registrou, no mês de março, alta, com ajuste sazonal, de 6,5% ante o mês de fevereiro. Mesmo com este crescimento, o consumo de máquinas ficou 1,4% abaixo do resultado observado no mesmo mês de 2022. No ano (1tri23) os investimentos em máquinas e equipamentos encolheram 8,0%.
O período registrou queda das importações de máquinas e equipamentos, medidas em reais, de 4,3% e queda de 10,3% das vendas de produção nacional no mercado doméstico, o que levou à redução de quase 2 p.p. do produto local no market share nacional de máquinas e equipamentos.